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domingo, 26 de dezembro de 2010

SOBRE RAIZES E RAMOS

SOBRE RAIZES E RAMOS

Artigo publicado no jornal Kabbalah Today, em Abril/2007, por Gilad Shadmon

As regras que afetam nosso mundo se originam nos mais elevados domínios espirituais. Estas regras descem em cascata para a realidade que todos experimentamos, mas neste processo perdem sua beleza e graça. A sabedoria da Cabala nos ensina como redescobrir aquela beleza e reviver nosso lado espiritual.

Para entender o fenômeno em nosso mundo precisamos em primeiro lugar entender sua origem. Se examinarmos honestamente a realidade, teremos que admitir que não temos a menor idéia do porque as coisas acontecem do jeito que acontecem. Em cada campo do conhecimento humano - das ciências exatas, sociais, medicas ou culturais - nós somos incapazes de explicar completa e exatamente o porque das coisas acontecerem. Se pudéssemos, seríamos capazes de evitar que as futuras desgraças viessem a acontecer.

Sempre que alguma coisa não dá certo, racionalizamos suas causas de mil maneiras diferentes, mas no final do dia, o melhor que conseguimos é apenas uma aproximação tosca. Vejam alguns exemplos: "Se eu ontem estivesse usando o meu casaco de lã, em vez daquele casaco elegante de couro, hoje eu não estaria doente." "O dolar está despencando por causa do gigantesco déficit comercial." "O Vasco está perdendo os jogos em casa por causa da pressão da torcida."

sábado, 18 de dezembro de 2010

CAINDO NO BURACO NEGRO DO EGOISMO PELA ÚLTIMA VEZ

 

CAINDO NO BURACO NEGRO DO EGOISMO PELA ÚLTIMA VEZ


Coisas. Elas enchem nossos armários, nossas garagens e nossas vidas. Nós medimos o sucesso na vida pelas coisas que possuímos e ainda mais - gastamos uma incrível quantidade de tempo para comprá-las. Um novo documentário, A História das Coisas, exibe como uma grande parte de nossas vidas foi tomada pelas “coisas”. A sabedoria da Cabala mostra o que podemos fazer a respeito disto.

Annie Leonard, uma especialista internacional em questões de saúde ambiental e sustentabilidade, gastou dez anos seguindo “coisas” desde o seu surgimento como matéria prima até seu fim no lixo. Seu documentário, “A História das Coisas” pode ser classificado tanto como entretenimento como filme educacional e já foi assistido por mais de três milhões de pessoas (www.storyofstuff.com).

Annie descreve o problema simplesmente: “Nós nos transformamos em uma nação de consumidores. Nossa identidade principal se tornou ser consumidores. Não mães, professores, ou agricultores – mas consumidores”. Sua maior preocupação é com o fato de que esta nossa mania consumista destrói nosso equilíbrio com a natureza e arruína a vida das pessoas. E tudo isso acontece longe dos olhos do público.
A seguir alguns fatos descobertos por ela:
  • Só nas últimas três décadas foi consumido um terço dos recursos naturais do planeta.
  • 75% das áreas globais de pesca são exploradas no limite ou acima da sua capacidade. 85% das florestas originais do planeta desapareceram.
  • Os Estados Unidos tem apenas 5% da população mundial, mas usa 30% dos recursos mundiais e cria 30% dos resíduos mundiais. Se todos no mundo consumissem às taxas americanas, seriam necessários de 3 a 5 planetas.
  • A indústria norte-americana gera acima de um milhão e oitocentas mil toneladas de produtos químicos tóxicos por ano. Mais de 100.000 produtos químicos sintéticos são utilizados atualmente pelo comércio.
  • Os produtos químicos tóxicos existentes nos produtos consumidos são absorvidos por nosso organismo. De fato, o leite materno é o primeiro da lista de produtos alimentares, com o maior nível de contaminantes tóxicos.
  • Cada americano gera mais de 2 quilos de lixo por dia, o dobro de 30 anos atrás.
  • Mesmo se fosse possível reciclar 100% do lixo, isso não causaria nem um arranhão no problema; para cada lata de lixo colocada na calçada, o equivalente a 70 latas foram produzidas para a geração desta primeira.

domingo, 12 de dezembro de 2010

O Que Pode Ajudar As Famílias A Permanecerem Juntas?

Dr. Michael LaitmanA única coisa que pode ajudar uma família a permanecer junta é uma sociedade forte que mantenha os cônjuges juntos e os direcione ao crescimento espiritual. Como ambos passam por diferentes estados, subidas e descidas, eles têm de fazer parte desta sociedade e entender que o progresso espiritual é impossível sem o outro. Assim, eles entenderão que precisam de um parceiro. A sociedade do futuro tomará muito cuidado com os casamentos, mas para isso nós precisamos de uma poderosa influência do nosso ambiente.

Nós já recebemos golpes o suficiente da Natureza para entendermos que é essencial alcançarmos o equilíbrio. Nós temos que estabelecer boas relações entre todos nós. Somente isso trará de volta a harmonia da Natureza e a normalizará, de modo que o calor, frio, campos magnéticos, e milhares de outros parâmetros entrem em equilíbrio. Este mundo será sentido como o paraíso, mesmo no plano material. Para sentir-se assim, é extremamente importante atingir o equilíbrio. Nós temos que respeitar uma condição muito simples, onde tudo permanece em conexão mútua em todos os níveis (inanimado, vegetativo, animado e humano).

Um dos pré-requisitos para se atingir o equilíbrio é o estabelecimento das formas corretas de conexão dentro da família. Os Cabalistas rejeitavam homens solteiros como seus discípulos porque um homem sem uma mulher é apenas “metade do corpo”. É impossível corrigir “metade do corpo”. Antigamente, essa exigência era muito rigorosa. Hoje em dia, tudo é simplificado. Todos estão autorizados a estudar, uma vez que estamos passando por um período de transição e não podemos obrigar as pessoas a se casar. Isso está além do nosso poder. No entanto, eu espero que em breve chegará o momento, em que a próxima geração perceberá que nós temos que observar a ordem material e ter uma família, a fim de atingirmos o equilíbrio com a Natureza.

Somente aspirando à meta espiritual é que nós podemos preservar a família. O nosso egoísmo cresceu tanto que as conexões materiais habituais com as crianças, a família e o lar já não podem mais conectar as pessoas entre si. Todos têm um emprego, podem pagar um lugar para viver, e ser completamente independentes. A pessoa se sente relativamente auto-suficiente e não precisa do apoio de sua esposa ou das crianças. É diferente do passado, quando ninguém conseguia sobreviver sem uma família. Agora, a pessoa tem o supermercado, eletrodomésticos modernos e seguros de saúde.

Portanto, apenas um objetivo maior pode elevar a pessoa acima do nível animado e trazê-la para o “nível humano” (“Adão” vem da palavra “semelhante”). Essa é a única coisa que torna a pessoa semelhante ao Criador, revela a eternidade, e nos eleva acima da vida e da morte. É a única coisa que pode garantir a conexão espiritual interna na família. No entanto, ela ainda não é acessível para todos.

Categoria: Casamento, Lição Diária de Cabalá

Nova Tradução: O Ponto no Coração

O PONTO NO CORAÇÃO

Nós estamos vivendo um momento muito especial. Pessoas de todas as partes do mundo estão insatisfeitas com suas vidas, sentem que a vida deve lhes oferecer algo mais e, portanto desejam obter isso. Esse desejo é o despertar do "ponto no coração". Todos nós o temos, e agora, ele está começando a emergir em milhões de pessoas.
Cada seção neste livro é única e instigante, pois de modo suave e sincero lida com as questões mais profundas que dizem respeito, hoje, a todos nós. Nestas páginas você também irá encontrar pinceladas da sabedoria contidas no livro do Zohar (o livro mais importante de todos na Cabala) e em outros textos Cabalísticos. Este livro não se compromete a ensinar Cabala, mas introduz ideias selecionadas dos ensinamentos. Você está prestes a embarcar em uma jornada que não só irá expandir as profundezas do coração, mas também a elevação do pensamento.

Rav Michael Laitman, PhD // DOWNLOAD (PDF)


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Aurora Da Filosofia

A Aurora Da Filosofia


Desde os tempos antigos e quase nos nossos dias, os cabalistas caminharam paralelamente ao pensamento filosófico, até que a chama apagou. Durante toda a nossa história, temos sido impulsionados pela nossa crescente vontade de desfrutar o que leva cada nova geração a realizar obras cada vez maior no domínio do ego. Ao atualizar nossos desejos, nós utilizamos a nossa razão egoísta, a fim de adquirir, acumular, capturar, desenvolver, e assim por diante.
Mas o desenvolvimento egoísta tem que chegar ao fim; o tempo limite chegou para a correção. O ego em nosso mundo se esgotou, já foi revelada em sua plena medida como era  necessário.
Agora, olhando para o mundo fechado neste “invólucro”, não conseguimos encontrar qualquer outra coisa com que ocupar as nossas vidas. E quando essa renovação cessa e não há mais nada para gozar, o homem se encontra em apuros.

Esta é a situação atual no mundo. Em qual direção vamos nos desenvolver? Devemos viajar para Marte ou pelo menos à Lua? Para quê? Mergulhar no fundo do oceano? Para quê? Procurar espécies desconhecidas para a ciência? Para quê?
Esses dias nós não precisamos de mais nada. O desejo egoísta foi plenamente manifestado, e nem novos caprichos ou aspirações surgem em nós. O jogo está acabado. Isso sinaliza o fim da filosofia e, em geral, o fim de toda a abordagem racional do consumidor que exige que usemos a nossa razão, de modo a satisfazer nossos desejos. Os desejos desaparecem, e a mente, que é a sua conseqüência direta entrega-se a sua posição.
Logo veremos a humanidade crescer cada vez mais burra. Olhando para ela do ponto de vista da Cabala será simplesmente chocante ver que as pessoas estão dizendo, o que ela estão escrevendo, o que a TV mostra que elas estão assistindo. Nós vamos chegar a um ponto em que as pessoas vão se transformar em crianças pequenas, brincando de “joguinhos” do tipo que seriam considerados retardados 50 a 100 anos atrás.
É por isso que a filosofia está morrendo. Ao longo das últimos décadas tem desesperadamente tentado salvar a si mesmo sido deixada no acostamento da história. Ele não está mais sendo levada a sério desde que a nossa oferta de desejos se esgotaram.
Não estamos mais procurando qualquer grandes realizações. Portanto, não precisamos da razão humana, e assim a maioria está muito feliz limitando-se ao nível de um animal. O ciclo está completo e agora temos que dar conta fielmente do “trabalho completo”.
Assim, enquanto os filósofos estavam “por cima”, os cabalistas ficaram quietos, esperando pelo desenvolvimento egoísta concluir. E agora que isso aconteceu, nós nos encontramos em um ponto de ruptura: o velho para trás, agora temos que revelar o próximo palco.
[27541]

Da primeira parte da Lição Diária de Cabala de 24/11/10, o Zohar, “Introdução a Noite da Noiva”

Material Relacionado:
Compensando a Falta De Conhecimentos Com a Fé

sábado, 27 de novembro de 2010

Como Podemos Fazer Para a Medicina Deixar de Ser um Negócio?

Como Podemos Fazer Para a Medicina Deixar de Ser um Negócio?

Uma carta enviada a nós pelo médico Dr. Angelov, de Boston, Massachusetts, EUA:

O que há de errado com a modernização do seguro médico?

35% do pacote de estímulo econômico destinado a impulsionar a economia dos EUA, está indo para a indústria médica, pois ela é um dos setores mais atingidos pela crise financeira. As taxas de seguros  têm subido, mas a renda das pessoas certamente não. Assim,  muitas já não podem pagar consultas médicas ou medicamentos. Isso é ainda pior para os desempregados, que perderam o seguro de saúde por inteiro.

O governo vem tentando salvar a situação, mas, infelizmente, está utilizando as mesmas medidas que ocasionaram  a indústria médica a entrar em crise a princípio: a atribuição de fundos para os egos das pessoas. Mas os nossos egos causaram a crise! Como assim?

Os egos das pessoas e seu desejo de ganhar cada vez mais dinheiro, tornaram-se mais importantes do que o relacionamento saudável entre médico e paciente. A medicina moderna é executada pelo princípio do lucro: não  pela eficácia em auxiliar os doentes, mas sim no quanto de lucro ela traz a todos os envolvidos.

Os médicos ganham dinheiro com as doenças de seus pacientes e procedimentos médicos e, portanto, têm pouca motivação para curá-los, e os pacientes, por sua vez, buscam oportunidades para processar os médicos por imperícia. Não há confiança entre eles, uma vez que o sistema médico atual inteiro gira em torno de dinheiro, ao invés de cuidar do paciente e de sua saúde.

            A Indústria Médica não Foi  Sempre Desse Modo

Na China antiga, há 4000 anos atrás, todas as manhãs, um curandeiro passava por todas as casas da aldeia. Um vaso era colocado junto à entrada de cada casa, com uma moeda para o curador, significando que todos naquela casa estavam saudáveis. Se o vaso estivesse vazio, isso significava que alguém na casa estava doente. O curador entrava e tratava o doente o melhor que podia, e as ervas, agulhas e outros suprimentos médicos eram pagos pela moeda que não havia sido colocada dentro do vaso. Em seu tempo livre, o curador também ia às casas das pessoas para se certificar que suas dietas e estilo de vida eram saudáveis.

Naquela época o sistema de saúde era completamente diferente do que é hoje. As pessoas pagavam para ajudar a manter aos outros saudáveis, e a pessoa que estava doente não tinha que pagar.

            Isso Poderia Funcionar Hoje?

Claramente, a medicina tem que deixar de ser um negócio. Hoje, os salários dos médicos dependem do número de doentes que têm, do número de procedimentos médicos que realizam, e se os hospitais estão cheios de pacientes doentes. O sistema é estruturado de forma que os  médicos lucrem mantendo os pacientes doentes pelo maior tempo possível! No entanto, não deveria a sua primeira e principal preocupação ser manter o paciente saudável?

Contudo, podemos realmente retornar para o sistema do "Bom Samaritano" dos tempos antigos? Não, nós não podemos, porque naquela época, os egos das pessoas eram muito menores do que hoje. Além disso, o problema é global e não local. Nessas circunstâncias, a única maneira de criar um sistema médico saudável, é através de uma solução global que se destine aos egos das pessoas de hoje.

Se a sociedade como um todo pagar pela saúde, ao invés de doença, os médicos terão incentivo para impedir a ocorrência de doenças em primeiro lugar. Então, a saúde das pessoas irá melhorar e as despesas de saúde irão diminuir.

O dinheiro deveria ser retirado da relação médico-paciente. Um médico deveria receber  uma punição administrativa, e não monetária, pelos erros que comete, e o paciente não deveria exigir uma compensação monetária por meio do tribunal. Além disso, a única forma de compensação que ele deveria receber, seria o tratamento.

Em latim, "doutor" significa "professor." Então, o médico é alguém que deveria ensinar as pessoas como viver sem ficarem doentes! Quão diferente é esta definição do nosso  atual sistema médico e egoísta!?

domingo, 31 de outubro de 2010

Pensei que eu Estivesse Aposentado, mas Eu Estou Agora Desempregado

Pensei que eu Estivesse Aposentado, mas Eu Estou Agora Desempregado

        Pete Latona

 Como tantas pessoas, meus planos de aposentadoria cuidadosamente elaborados, estão aos pedaços. Agora é   hora de superar o "jogo da culpa" e encontrar soluções próprias.
     
Eu me aposentei no final de 2006 com um plano financeiro moderado, organizado, que duraria para o decorrer da minha vida e de minha esposa, podendo ainda deixar algo para os filhos. Meu consultor financeiro e eu escolhemos um modelo de alocação de ativos adequado e precisamos de apenas 5% de retorno para nos prepararmos. Minha esposa e eu planejamos trabalhar como voluntários porque queríamos,  não porque precisássemos. Após muitos anos na América corporativa, essa pareceu ser uma ótima posição para ocuparmos - em nossos vislumbrados "anos dourados".

Ainda estou em um pouco chocado com tudo o que aconteceu nos mercados financeiros ao longo do ano passado. Por um lado, os acontecimentos se desdobraram em um piscar de olhos, e por outro, foi uma morte aos poucos. Meus planos de aposentadoria eram sólidos, organizados, mas agora eles se foram. Desapareceram. Morreram. Eles não  viverão novamente,  e fui deixado em choque, desespero, incredulidade e raiva para tentar descobrir o que fazer a seguir.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Último Super-Homem

O Último Super-Homem

O mundo está desesperadamente à procura de heróis, pessoas que nos levarão para fora das crises que estão nos  atingindo. Pode o presidente Obama lidar habilmente com essa situação e derrotar os vilões da ganância e do egoísmo?

Recentemente, houve boatos de que Barack Obama se sentiu tentado a entrar em uma oferta de preços por uma edição rara e única do Superman em quadrinhos. Os rumores começaram a se estabelecer quando foi anunciado que o presidente norte-americano não estaria participando do leilão (e, além disso, ele é um fã do Homem-Aranha, não do Superman). E, por fim, a conversa finalizou quando a revista foi vendida para outra pessoa por $ 325,000 dólares (quase o salário anual de Obama).

Ainda assim, o fato dos  rumores terem iniciado é muito mais que uma coincidência. Superman é um símbolo claro do sonho americano, ele é o ‘último’ vaqueiro , o anjo redentor de uma nova era. Apesar do passar das décadas,  desde que ele foi visto voando sobre Metrópolis, e o fluxo constante de heróis que têm inundado o mundo desde então, não há dúvida de que o cavaleiro azul na capa vermelha ainda é o número um.

Não é de se admirar que as pessoas estejam associando Obama a Superman, como se pedindo que os dois unam forças e derrotem a escalada da crise. O discurso arrebatador e inaugural de Obama perante o Congresso foi um testemunho perfeito a isso. Foi um discurso clássico de Superman.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um Mundo Melhor para os Nossos Filhos

Um Mundo Melhor para os Nossos Filhos

Com o mundo em crise, pais em todos os lugares temem pelo futuro de seus filhos. No entanto, a fim de sermos bem-sucedidos, podemos prepará-los para o caminho de um futuro mais feliz do que já sonhamos

Enquanto estou sentado frente ao meu computador, a vizinhança está repleta  com a risada de crianças brincando de pega-pega. Isso me faz lembrar da minha infância, e não consigo evitar de pensar o que o futuro lhes reserva.

A humanidade sempre investiu esforços sobre-humanos para assegurar que a próxima geração terá uma vida mais fácil e mais gratificante. Atualmente, para muitos pais, esse sonho pode permanecer, para sempre, uma fantasia. A incerteza econômica, o colapso ambiental e a violência, prometem ser o legado que deixaremos a nossos filhos. Uma pesquisa da Rasmussen, em janeiro, revelou que apenas 47% dos pais americanos acreditam que seus filhos estarão em melhor situação do que eles.

Essa perspectiva sombria deveria ser uma convocação à ação para todos os povos. Mas, se quisermos ter alguma esperança de encontrar soluções duradouras, é preciso primeiro traçar a evolução que conduziu aos problemas que enfrentamos hoje.


                        Será que alguém pressionou a tecla “Fast Forward”?


As necessidades da humanidade, uma vez foram simples: Se havia alimento suficiente, abrigo e segurança contra predadores, a vida era boa. Mas o tempo avançou, e as necessidades já não eram suficientes. As pessoas queriam mais da vida e, assim, a busca incessante de novos prazeres começou. No momento em que chegamos ao século 20, tudo havia acelerado, como se alguém tivesse apertado a tecla "fast forward". Fomos do cavalo aos jatos, do telégrafo ao telefone e à Internet. A cada geração, o luxo dos pais tornou-se a necessidades dos filhos.

Essa escalada contínua de auto indulgência finalmente nos alcançou, levando nosso mundo à beira do colapso. Nossa cultura de excessos atingiu seu ponto culminante com  ego-maníacos como Bernard Madoff, que fraudou investidores em torno de US $ 50 bilhões. E, embora seja fácil colocar a culpa em Madoff, a realidade é que todos temos uma parcela da culpa, mesmo que nossos excessos sejam em uma escala muito menor.

Se formos honestos, veremos que o sucesso em nossa sociedade é definido como mais dinheiro, fama ou poder, não importando qual o custo para os outros. Então, o que podemos esperar para  nosso futuro se esses são os valores que promovemos?

Se o egoísmo é a raiz dos nossos problemas, então a solução é transformar  nossos valores de altruísmo e de partilha. Mas como? Afinal, a humanidade tem prosperado com uma mentalidade de  "Eu primeiro!", há milhares de anos. No entanto, na sociedade globalizada de hoje, onde tudo que ocorre em um lado do mundo tem um impacto quase que imediato no outro lado, "Eu primeiro!", não funciona mais. Nas palavras do Primeiro Ministro britânico, Gordon Brown,  "nesta era global, precisamos de soluções que já não possam ser definidas em termos de nós e eles, mas possam ser alcançadas somente em conjunto. - como nós com eles".
 
Novos problemas requerem novas soluções
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Não podemos comprar nossa maneira de sair da crise atual com os dólares do contribuinte ou através de compras demasiadas. Temos que abordar a vida sob uma nova perspectiva, utilizando três ferramentas poderosas.

  • Educação

As pessoas hoje estão perdidas e confusas se perguntando: Por que isto está acontecendo? O que deveríamos fazer? Mas somos desenvoltos, ‘resolvidos’, e, se entendermos o problema, realizaremos milagres para resolvê-lo. É por essa razão que uma campanha de educação pública sobre a globalização de nossas economias, a interdependência de todos os povos e os benefícios da cooperação, podem guiar-nos às soluções.

Nossa melhor esperança para o futuro encontra-se na educação de nossos filhos. O colunista do NY Times, Nicholas Kristof, recentemente classificou a educação como "a nossa maior vergonha nacional". E ele está certo: não estamos oferecendo a nossas crianças o conhecimento que elas precisam para ter sucesso na nova era global. Se lhes oferecermos uma educação sobre as leis naturais que regem os sistemas interligados, elas estarão preparadas para navegar facilmente em mares tempestuosos, tão incompreensíveis para nós.

  • Meios de comunicação

A maior parte de nossos padrões comportamentais são oriundos da TV e da Internet. Enquanto as notícias, entretenimento e esportes glorificarem a busca de riqueza e de uma mentalidade "vitória a qualquer custo", veremos a ganância e a exploração dominarem  nossa sociedade. Se no entanto, insistirmos que esses locais refletem os valores da compaixão, transformaremos a força destrutiva da mídia de hoje  a nosso favor.

E, de fato, a maré já está começando a mudar. Uma recente série de anúncios traz títulos como: "Em um mundo Absoluto, a Moeda será substituída por atos de bondade." A CNN apresenta séries sobre as histórias de características de sobrevivência econômica de pessoas que encontram a felicidade através da renovação de laços familiares, compartilhando com outros e um estilo de vida  mais simples. Nós apenas precisamos dar um empurrão!

  • A Força da Sociedade

O instrumento mais poderoso para a mudança, entretanto, somos nós. Por toda a história, a mudança social tem sido conduzida pelas pessoas. O Renascimento do século 14 é apenas um exemplo de um movimento cultural que levou a avanços exponenciais em todas as áreas. E hoje, o desejo por mudança entre o povo americano foi tão forte, que um candidato improvável venceu de forma espetacular.

Essa é a força que podemos aproveitar para fazer as mudanças na sociedade de hoje. Mas como podemos transformar nossa abordagem em relação à vida do egoísmo para o altruísmo, quando tudo que sabemos  é "cuidar do # 1"? Na verdade nossos filhos podem nos mostrar o caminho! Quando uma criança decide se tornar um médico, ela ‘brinca’ de médico, mesmo que não tenha idéia do que esteja fazendo. Somente quando a criança se tornar um médico, ela saberá  o que isso realmente significa, mas cada uma de suas idéias imaginadas ao longo do caminho, é uma preparação necessária.

Então, para começar, nós podemos "fingir até conseguir." Nossos primeiros esforços “altruístas”serão puramente egoístas: feitos para escapar da crise. Ao longo do tempo, porém, uma incrível transformação ocorrerá:  nossa alegria disfarçada de altruísmo dará lugar à coisa real, proporcionando alívio real à crise.

Arne Duncan, o novo secretário da Educação, comentou: "Temos de continuar a pensar diferente e fazer tudo o que pudermos  a fim de colocar nossos alunos ...  no caminho para  buscar o sonho americano. " Vamos pressionar nosso governo a utilizar parte dos $ 150 bilhões de benefícios para a educação a criar um novo sonho americano, que valorize as atividades que beneficiem a todos e desaprove o sucesso pessoal em detrimento de outros. Vamos usar o poder de nossa vontade coletiva para mostrar aos políticos e às empresas que não estamos mais comprando em uma sociedade orientada para o consumidor. Vamos incentivar os meios de comunicação a promover os valores de generosidade e partilha, evitando a glorificação egoísta dos indivíduos. Dessa forma, deixaremos um legado duradouro para nossos filhos e eles terão a sabedoria para saber como utilizá-lo.

sábado, 2 de outubro de 2010

A Escola da Vida

A Escola da Vida

Educação é o processo de interação e reação que recebemos do nosso ambiente. A cabala nos ensina como despertar o poder do nosso ambiente para nos educar neste mundo que está sempre se transformando.

O quanto tu consegue lembrar da tua infância? Se tu és como eu, talvez as primeiras memórias te levem a idade de quatro ou cinco anos. Os que têm uma visão mais clara, ou que tiveram a chance de observar um filho próprio, estão interessados numa maravilhosa transformação que está sendo revelada cada dia. Todos nós iniciamos a vida com algumas habilidades instintivas – como amamentar, levantar os dedos ou lamentar em caso de desconforto. Todas as nossas necessidades são instantaneamente abastecidas pelos nossos amados pais e mães.

Logo, no entanto, começamos a aprender como manipular o nosso ambiente. Talvez, fazer aquela careta bonita no nosso rosto sempre produzisse uma risada da nossa mãe, então, naturalmente repetíamos. Descobrimos que mastigar o chocalho era bom, então começavamos a colocá-lo na nossa boca ao invés de empurrá-lo nos nossos olhos. Virtualmente, em cada momento alerta, a mente de um bebê está forjando novas conexões sobre como seu corpo e o ambiente que o cerca funciona e interage.

Enquanto crescemos durante a infância, continuamos expandindo os nossos horizontes, avaliando cada situação nova para determinar como obter o maior prazer possível enquanto fazemos o menor esforço possível para consegui-lo. Isso é natural para nós como respirar, e o mundo nos dá respostas para nos ajudar a fazer ajustes. O que a pequena menina não aprendeu na idade de seis anos que “ao olhar para o seu pai com grandes olhos forçando sua voz dizendo “por favoooooooor!””  certamente ajudou-a a conseguir o que ela desejava? Quantos meninos descobriram da maneira mais difícil que se envolver com o cara mais forte da turma poderia ter conseqüências más?

Entre na Sala de Aula

As circunstancias particulares que se desenvolvem ou não para nós no nosso ambiente formam o nosso comportamento e nosso futuro com uma força que é quase impossível de parar depois na vida. Ainda que essa poderosa e inevitável força não é o que entendemos quando falamos sobre “educação”. Ao invés disso, usamos esse termo para referir a uma coleção de fatos, habilidades e idéias que são impostas para nós por alguma autoridade exterior.

De modo realista, virtualmente, toda essa “educação formal” é perdida logo que a criança deixa a sala de aula. Quantos de vocês podem dizer os nomes dos presidentes das capitais de todos os 50 estados? Tu consegue resolver uma equação polinomial, ou lembrar da diferença entre ligações iônicas e covalentes?

Nosso foco numa educação baseada em fatos e figuras tem várias conseqüências infelizes. Para muitas pessoas, o processo é tão doloroso que cria uma aversão durante toda a vida para o  aprendizado. Muitas pessoas ficam ansiosas em se graduar e aprender as habilidades básicas do emprego para poder logo terminar sua “educação”. As mudanças de vida que requerem aquisição de novas habilidades são extremamente traumáticas ao invés de ser um simples novo estágio na vida.

Onde a Educação Falha
Provavelmente mais importante, de qualquer forma, a nossa concentração na sala de aula nos afasta da verdadeira educação que esta disponível para nós através da nossa exploração pessoal do mundo.  Inconscientemente, somos influenciados pelo nosso ambiente. Reagimos e fazemos ajustes baseados em se as ações nos trarão prazer ou dor.

Cada vez que o nosso ambiente muda, seja conhecendo um novo amigo ou uma mudança de vida como casamento, um novo emprego, uma mudança, nós devemos aprender novas “regras” de comportamento e ajustarmo-nos para as circunstâncias em mudança. Mas imagine o poder que estaria na ponta dos nossos dedos se nos fossem ensinadas as habilidades necessárias para ativamente usar esse mecanismo para formar nossas vidas e o mundo a nossa volta? Nossa sensitividade para os relacionamentos de causa e efeito no mundo aumentaria exponencialmente se estivéssemos notando isso e sintonizados com a reação.

Respostas para um Novo Mundo

Isso é, de fato, a solução para muitas das crises que estamos presenciando no mundo atual. O mundo a nossa volta, basicamente, mudou: vivemos agora num mundo global e interligado. O problema é que nós crescemos num mundo onde a competição, independência e isolação eram as normas. As habilidades e comportamentos que existiam no velho mundo não servem mais para o novo mundo, e os eventos no mundo a nossa volta estão transmitindo esta mensagem para nós de maneira clara e alta. No entanto, perdemos a habilidade de escutar.

A resposta? Precisamos adotar um conceito amplo de educação e aprender a usá-lo para nossa vantagem. Precisamos nos sintonizar a esses eventos do mundo que estão nos alertando: o problema está na conexão entre nós. Precisamos nos ajustar para estar em alinhamento com essas mensagens ao invés de continuar a tentar forçar velhas soluções em novas circunstancias. As ferramentas para nos sintonizar para essas novas circunstâncias de interconexão global podem ser encontradas no método da cabala, que nos ensina como transformar os relacionamentos da humanidade numa forma mutua e globalmente benéfica.
A cabala pode nos mostrar como retornar a “escola da vida” onde nós vivemos cada experiência com os olhos bem abertos, procurando por conexões e conseqüências como fazíamos quando éramos crianças. As respostas estão lá para nós somente se procurarmos. E, dessa forma, podemos identificar as habilidades que são realmente importantes para nós (e nossas crianças) para saber na vida.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O que é o reencontro dos amigos (chamado yeshivat haverim) e qual é sua finalidade?


O que é o reencontro dos amigos (chamado yeshivat haverim) e qual é sua finalidade? Quais os benefícios obtidos através da participação nas aulas de Cabala durante a conferência? Comida cabalista? O que são as noites culturais, qual é sua finalidade?… 

Mais de 5.000 pessoas, mais de cinqüenta países, com diferentes línguas, participarão do congresso de Cabala, que será realizado Fevereiro deste ano, em Israel. O objectivo comum de vir para Israel, é o intenso desejo de alcançar o mundo espiritual e de sentir  a perfeita união, que os cabalistas tanto falam há mais de 5.000 anos. O tema principal do Congresso é “união”.

Escolhemos esse tema, a atual necessidade de criar um verdadeiro Kli espiritual para servir como um exemplo da nova direção que o mundo deve tomar.. e que está aberto para quem quiser se unir. Durante o congresso haverá aulas, refeições, reuniões e noites culturais, todos sem exceção falarão sobre o tema que foi escolhido para o congresso. No que diz respeito ao público que não participou de conferências anteriores, conhecer algumas curtas e simples explicações sobre as diferentes atividades que têm lugar na conferência e as suas respostas às perguntas mais comuns:


Pergunta: O que são as noites culturais e qual o seu popósito?
Resposta: As noites culturais talvez sejam a parte mais emocionante do Congresso. Elas simbolizam o estado espiritual da totalidade - o estado em que estamos todos juntos, incluídos numa única alma, cheios de prazer eterno e completo. Durante a noite cultural, estamos acostumados a dar presentes uns aos outros. Nós temos as músicas e os segmentos artísticos que são apresentados diante de todos pelos amigos de diferentes grupos, com o intuito de transmitir materiais profundamente emocionais uns aos outros que vão além dos discursos.Estes presentes simbolizam o desejo de um amigo em dar seu amor e se conectar com outros amigos. Estes presentes comoventes fundem os corações e ajudam os amigos a dissolverem barreiras culturais, mentais, e lingüísticas. Eles também servem para despertar o entusiasmo e a importância do objetivo em cada um deles.


Pergunta: O que há de especial na música Cabalística?
Resposta: Os Cabalistas sempre usaram a música como um meio para transmitir profundas emoções espirituais que eles experimentam em sua ligação com o Criador. Os Cabalistas esperavam que nós também fôssemos capazes de perceber o mundo espiritual com a ajuda das canções e melodias que escreviam. Uma música Cabalística é como um pedido especial para a correção. Cada vez que escutamos uma música Cabalística, as palavras e as melodias acionam as cordas de nossas almas, somos guiados e nos aproximamos do Mundo Superior.Durante o Congresso, cantaremos dois tipos de canções: canções e melodias compostas pelos grandes Cabalistas, como O Ari, Baal HaSulam e Rabash, bem como canções compostas por amigos de todo o mundo do grupo “Bnei Baruch”. Como nenhuma outra coisa, cantar em conjunto é um modo poderoso que nos ajuda a transpor as diferenças culturais e lingüísticas, e nos unirmos com os amigos.


Pergunta: O que nós ganhamos com as lições de Cabalá no Congresso?
Resposta: Sem nenhuma dúvida, com 5.000 pessoas focadas em estarem juntas como um todo e desejando perceber o propósito da criação, as lições durante o congresso são uma rara experiência emocional. Durante o estudo, uma força espiritual denominada “a Luz que reforma” brilha sobre nós. Esta luz especial emana de Ein Sof (Infinito), do nosso estado corrigido onde existimos juntos, incorporada como uma alma única e num estado de prazer infinito - como um homem com um coração. Na medida em que desejamos atingir o objetivo - a origem da Luz - conseguimos nos aproximar cada vez mais dela. Por isso, quanto mais refletimos sobre o objetivo pelo qual estamos reunidos, mesmo que não saibamos como descrevê-lo na íntegra, ainda que tentemos fazê-lo, mais a “Luz que reforma” brilhará sobre nós, aproximando-nos dela e preenchendo-nos. A fim de tirar o máximo proveito das lições do Congresso, cada participante se compromete a se preparar antes da aula, concentrando-se e focando seus pensamentos.


Pergunta: O que há de especial nas refeições Cabalísticas?
Resposta: As Almas, em seu estado Superior, estão ligadas a um vaso que está preenchido com uma luz, a Luz do Criador. Quando os Cabalistas querem demonstrar isso em nosso mundo, eles organizam uma refeição e comem juntos. Este costume é um exemplo de nosso estado espiritual corrigido. O sentar em conjunto em torno da mesa, unidos em idéias e em intenção comum, simboliza a ligação entre nós, o nosso único e pleno vaso espiritual.

Pergunta: Por que os Cabalistas brindam à vida?
Resposta: Durante a refeição estamos acostumados a brindar freqüentemente os amigos com as palavras “À vida!”. O motivo pelo qual enaltecemos nossos amigos não se deve ao fato de tornarmos um homem mais importante, mas sim, elevarmos a grandeza do Criador - Aquele que nos dá a possibilidade e a força para agirmos em prol do objetivo. Brindar “À vida” é um sinal de respeito. O privilégio de dizer “À vida” é dado apenas àqueles que se sobressaem especialmente nos atos de doação para o grupo e para a humanidade como um todo.

Pergunta: O que está por trás da união entre homens e mulheres?
Resposta: O Criador criou Adão, um único homem, que fora então dividido em forças masculina e feminina. Isto significa que um homem não existe sem uma mulher nem uma mulher sem um homem. Somente na união correta entre estas duas partes da Criação é possível descobrir o mundo espiritual e retornar ao sistema geral da natureza chamado “a alma de Adão, o primeiro homem”. A fim de reconstruir o mesmo sistema corretamente, existe uma divisão de papéis que são claramente definidos para cada um dos sexos. Quando nós estamos numa via de perfeição, sentimos que ambos os grupos são iguais em seus pensamentos e não há preferência de um sexo sobre o outro. Aqui, estamos falando apenas sobre a compatibilidade correta das leis da natureza.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cabala Vs. Loucura Futebolística

Cabala Vs. Loucura Futebolística

Tu já notastes a “loucura futebolística” que está acontecendo em todo o mundo? Pessoas estão aquecendo as suas intenções, pensamentos e desejos por esse esporte mesmo nos dias e épocas quando não há jogos agendados. A TV está virtualmente nos hipnotizando com sua “intenção”, pessoas estão vestindo as cores favoritas dos seus times, todo mundo está falando sobre isso, e, está se tornando , aos poucos, a única coisa que existe, mesmo para os que não são fãs de futebol. O que acontece é que as massas de pessoas estão vivendo as mesmas emoções.

De fato, ao notar pessoas que estudam cabala parece que elas estão fazendo algo muito similar: trabalhando numa “intenção especial” (de doação), focando seus pensamentos e desejos numa direção particular, e se fundamentam numa coisa “elusiva” chamada “doação” de toda forma possível. É a única coisa na qual elas pensam e falam; e a única coisa real na vida para elas.

Então, qual a diferença entre a loucura futebolística e a cabala? O que faz a intenção e o objetivo final dos estudantes de cabala diferir da intenção e o objetivo de fãs de futebol?

A grande diferença é o resultado dos dois. Através do método da cabala ,pessoas desenvolvem uma percepção drasticamente nova – elas abrem um novo senso que percebe algo chamado “espiritualidade” ou doação: uma sensação de percepção além do tempo e espaço. Ao invés de simplesmente “passar o tempo” ou “se divertir”, elas passam por um desenvolvimento imensurável interno de qualidades e sensações, através disso, movendo frente ao propósito de sua existência neste mundo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Como Agradar Ao Criador?

 
 Quando disseminamos o conhecimento da Cabalá, nós unimos as nossas almas em um vaso e criamos “um lugar onde o Criador pode revelar-se” a todos os seres criados. Fazendo isso, nós cumprimos Seu desejo e trazemos a Ele o máximo de prazer.

Se somarmos todo o nosso sofrimento e multiplicarmos por 620 vezes (Pi Tarach), será igual ao sofrimento do Criador de ser forçado a se esconder de nós, a fim de nos dar uma oportunidade para amadurecer. Com cada ato que visa a nossa unidade, vamos adicionar mais de uma mesma força (Masach e Ohr Hozer), mais uma alma para o número do coletivo necessário para a revelação do Criador. Através da nossa ação, causamos o que resulta no súbito começo de sentir a existência da Força Superior dentro de sí, a força que possibilita e move o mundo inteiro, definindo todos os estados que atravessamos.

Há uma razão por trás do tremor de terra na Nova Zelândia, os incêndios na Rússia, e um furacão nos Estados Unidos: são as partes do estado coletivo causado pelo Criador para que possamos começar a nos elevarmos a Ele. E quando começamos a nossa subida para o espaço espiritual e reconhecemos essa vida corporal como um elemento necessário, seremos recompensados com uma vida maravilhosa neste mundo. Para conseguir isso, temos que ser capazes de perceber o Criador, pelo menos em parte.

Nada vai ajudar o nosso mundo, mas para sentir que há uma força no Universo, na Natureza, e, entre nós, a força que rege tudo. E estamos a aproximar-se graças a essa consciência da disseminação da Cabala.

Da quarta parte da Lição Diária de Cabala de 08/09/10 , “Rosh Hashaná”

Material Relacionado:
Apocalipse 2010

Elevando O Mundo Inteiro

O propósito de tudo o que nós sentimos na nossa realidade, seja positivo ou negativo, é formar-nos ao longo da escada espiritual. Não há nada que possa ser criado para qualquer outro propósito ou exista por si só. Tudo neste mundo – milhares de objetos, ações ou forças à nossa volta – existe para um único propósito: o meu desenvolvimento espiritual. Eu incorporo, conscientemente ou não, tudo o que me rodeia e, portanto, evoluo.

Na verdade, se tudo veio do Mundo do Infinito até o nível do nosso mundo, onde este existe, aparentemente, sem estar conectado com um todo, então, como objetos e ações do nosso mundo não podem estar ligados por um propósito único do qual eles descem até nós? Como pode haver algo no nosso mundo que não tenha vindo do Mundo do Infinito? E se algo veio do Mundo do Infinito, isso significa que se originou da unidade que existia lá, e, posteriormente, descendo até aqui, tomou a forma da quebra, do distanciamento e isolamento.

Portanto, ao subir a escada espiritual, a pessoa tem que elevar toda a realidade, todos “Deste Mundo”, consigo. Diz-se que através da ascensão espiritual a pessoa eleva (corrige) os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza junto com ela.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 6/9/10 , “E Jacó Saiu”

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Se a Alma Dói, Então Ela Existe

 Publicado em 05 no blog pessoal do Rav. Michael Laitman

 
 O Criador formou uma idéia criando um ser que atingiria o Seu nível e status e entenderia tudo o que o Criador tinha feito e sentiria tudo o que o Criador sente. Em outras palavras, este ser irá tornar-se exatamente como o Criador!

Mas, para tornar-se equivalente ao Criador e continuar ser um ser criado sem ter que dissolver-se Nele, a criatura tem que conciliar duas forças opostas dentro de si: recepção e doação. Além disso, como se pode compreender algo sem compará-lo com seu oposto? Se fui criado de tal maneira que eu existo em completa harmonia com o meio ambiente e adesão e união total com todos, então eu não estou consciente ou sinto isso.

A sensação vem apenas como resultado de uma força contrária, quando estou perturbado ou falta alguma coisa. É este conflito que eu sinto. Não me lembro que tenho uma cabeça até que eu sinta dor. Se meu ouvido começa a doer, eu sinto que tenho uma orelha. É o mesmo sobre os meus sentimentos que envolvem o mundo ao meu redor. Por enquanto está tudo bem, nós não pensamos sobre isso para nós não sentimos que está ao nosso redor.
Portanto, se um ser criado tem que alcançar a realidade (tanto espiritual e corpórea), ele deve estar em conflito com isso. Em todos os seus sentimentos, atributos, pensamentos, desejos e objetivos a criatura tem que opor-se ao Criador. E é assim que somos feitos, assim como o Criador quis que sejamos.
O post continua neste link

Visões ou O Mundo Espiritual?

 Publicado em 5 no blog pessoal do Rav. Michael Laitman 
 
No Zohar, “Capítulo VaYechi (E Jacó Viveu),” Item 170: Após a partida da alma, todos os seus parentes e amigos no mundo da verdade andam com a sua alma e lhe mostrar o lugar do Éden e o lugar da punição.

Pergunta: As pessoas que sofreram morte clínica falam das visões que a experiência que, em muitos aspectos, são semelhantes ao que O Livro do Zohar descreve. No entanto, essas pessoas nem sabem sobre a Cabala.

Resposta: Entenda que a Cabala não ajuda uma pessoa a ver o mundo espiritual. O mundo Superior só pode ser sentido na alma corrigida. Quer ou não uma pessoa estude um livro de estudos cabalísticos é irrelevante. O importante é saber se a pessoa deseja corrigir-se.
Podemos olhar para as experiências de morte clínica de duas maneiras. Por um lado, quando uma pessoa cai em um estado crítico, é um duro golpe para o corpo fisiológico, que nada mais é do que o desejo de ter prazer. Nosso corpo só aparece para nós como algo corpóreo, que ocupa espaço, mas na realidade é apenas a vontade de desfrutar de um tipo particular de satisfação.


Se este desejo traz a sensação de vazio ou sofrimento, naturalmente não quer sentir o lugar (desejo), do qual vem a dor. Ele quer reduzir e restringir a este lugar, viver menos, para desligar seus sentidos, tomar medicamentos, e assim por diante. Qualquer pessoa que sente o sofrimento emocional ou material quer restringi-lo, ou seja, restringir a sua percepção do mundo, até mesmo, na medida em que o desejo de para de viver.
 
A postagem continua aqui

domingo, 5 de setembro de 2010

Notícias Da Argentina

Nosso grupo argentino abriu o Centro de Cabalá em Buenos Aires. A informação sobre o próximo Curso de Fundamentos de Cabalá está sendo anunciada em todo o país, na edição mensal de “Uno Mismo”, e no Facebook. Muita sorte! Estamos com vocês!

domingo, 22 de agosto de 2010

LC Fundamental 18.08.2010 dublado em portugues

Aula importante sobre "subidas e caídas" , Rav Laitman

Amigos,

  Ontem houve uma importante aula do Rav Laitman (1a aula) sobre "Subidas e Caídas" (ou "Ascensões e Descensos"). Encaminho-lhes a dublagem da aula feita pelo nosso amigo Júlio Hermes. A mesma também estará disponível no site www.kabbalahmedia.info (Part1: Lesson on subject "Ascents & Descents"; procurar por "por"), provavelmente dentro de 2 a 3 dias.

Como Ficar Conectado Com as Suas Crianças

 
 Questão: Minha esposa acabou de dar à luz a um filho, com quem pretendo partilhar o caminho espiritual. Mas o meu vizinho que também teve um filho não quer estudar a Cabala. Ele vê como os pais e as crianças não estão, atualmente, mais unidos como antes e teme perder a conexão com o seu filho. O que posso dizer-lhe se ele não está indo estudar Cabala e só quer alguns conselhos sobre como manter um relacionamento com seu filho?

Resposta: No passado as pessoas eram ligadas por forma egoísta de existência: Casa, família, sustento, e preocupações com a saúde das pessoas ligadas em conjunto no seio da família, nação e país. Hoje em dia, essas definições não têm mais o mesmo efeito, e ninguém sabe como evitar isso ou o que vai acontecer em seguida.

Por quê? Bem-estar material não une mais as pessoas. Todo ser humano começa a evoluir e se elevar além do reino animado, do nível material, como acima da água. E você deve oferecer-lhe uma resposta a nível espiritual.

Assim, o seu vizinho não tem escolha. Ele terá que se conectar com seu filho no plano espiritual, caso contrário, eles não terão nada em comum. É por isso que está escrito sobre o Criador (em relação a se unir com todos na  qualidade de doação): “Aquele que retorna o coração dos filhos aos seus pais e os corações dos pais aos seus filhos.”

Da 4a. parte da Lição Diária de Cabala de 10/08/10, Uma Aula Sobre Assuntos Atuais

Material Relacionado:
Estabelecendo Exemplos de Doação

domingo, 15 de agosto de 2010

Uma Tempestade De Areia Do Nosso Egoísmo



Pergunta: O senhor está dizendo que o fato de eu usar meu próximo egoisticamente agora mesmo causa uma tempestade de areia na Índia?


Resposta: Sim! Nós precisamos entender que todos os problemas ocorrem devido à falta de conexão entre nós. E isso não significa que ao me afastar de você eu imediatamente causo algum furacão que traz areia. Porém, por estar em oposição a você, eu trago uma desigualdade ao equilíbrio das forças da natureza.

Todas as forças da natureza existem em unidade, interconexão, equilíbrio e harmonia universal. Isto é, exceto pelo ser humano cujo egoísmo crescente e má vontade de considerar os outros se torna um elemento negativo ativo que desestabiliza o equilíbrio de todas as forças (dos níveis inanimado, vegetativo e animado da natureza). A solução para o problema é se tornar uma parte integral da natureza, como todas as suas outras partes.
Nós revelamos que o mundo está em unidade e completa interconexão; ele existe como um sistema fechado onde cada um está conectado como todos os outros. Isso significa que somos obrigados a nos unir como “um homem com um só coração”.

Você pode se opor a isso e dizer que somos incapazes disso. Porém, existe a ciência da Cabalá e ao utilizá-la nós despertamos a força da unificação. A humanidade irá inevitavelmente alcançar essa conclusão e nós já estamos entrando nesse período, de agora em diante tudo irá ocorrer muito rapidamente.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Nas Garras Da Natureza

 
 Pergunta: Incêndios estão ocorrendo em Moscou, deslizamentos de terra na China devido às fortes chuvas. É possível resolver a situação?

Resposta: A Natureza está se fechando de todos os lados, a fim de nos mostrar um fato simples: Nós estamos dentro dela, somos muito pequenos, e existimos dentro de uma área pequena onde todos nós dependemos um do outro e da envolvente e sábia natureza, (o Criador) que nos rodeia.

Somos obrigados a encontrar a única razão para todos os nossos problemas e compreender a única coisa que temos que fazer para evitar catástrofes globais. Já está claro que o derramamento de petróleo nos Estados Unidos, a erupção do vulcão na Islândia, os incêndios na Rússia, e os maremotos e inundações na Ásia e na Europa não podem ser chamados de “problemas locais.” Eles são influências globais da natureza para todos nós. Além disso, eles continuarão, sem dúvida, ninguém será capaz de permanecer intocável e se sentir seguro.


Quando a crise financeira estourou nos Estados Unidos, na Rússia as pessoas estavam felizes, pensando que isto só havia afetado a América e não iria acontecer com eles. Mas a sua miopia foi revelada a eles e algumas semanas mais tarde, em suas próprias contas bancárias! Alguém poderia pensar: “Que me importa se um vulcão entra em erupção na Índia? Todos os vulcões podem entrar em erupção e daí! “No entanto, isso influenciou a todos, assim como os incêndios e inundações. E o inverno ainda está à frente de nós ….

No final de tudo, nós temos que entender que nosso planeta é redondo e temos de nos unir e pensar sobre a sobrevivência todos juntos. Do Criador ou a Natureza (que são o mesmo) tem uma mente, os sentimentos, uma direção, e um objetivo. Vai obrigar-nos a tornar-nos “bons filhos”. Esperemos entender isso rapidamente e vamos ficar mais inteligentes.
Da 4a. parte da Lição Diária de Cabala de 8/8/10, “Introdução ao livro, Panim uMasbirot Meirot”

Material Relacionado:
Vida Em Um Vulcão Flamejante
Apocalipse 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Mega Congresso - Todas as Aulas

MegaCongresso Virtual de Cabala
Prepare Seu Coração
23, 24, 25 de julho de 2010

O Mega Congresso aconteceu simultaneamente em 50 cidades do mundo e pela Internet também.

Um evento único teve lugar do dia 23 a 25 de julho de 2010: "Construindo o Ambiente Espiritual" - Congresso de Cabala Mundial que uniu o mundo inteiro!
   

23 a 25 de Julho

(Horário de Brasília)

1) Lição 01 – Sexta, 23 de Julho de 2010 (07:00- 08:30) 
Tópico: Por que o ambiente é mesmo necessário?

Texto: O Propósito da Sociedade 1
Aula traduzida no link abaixo:


2) Lição 02 – Sexta, 23 de Julho de 2010 (11:30 – 12:30)
Tópico: O que significa trabalhar no grupo?

a. A grandeza da meta na sociedade – tópico – estado de espírito (humor)

b. Como construir uma relação correta entr os amigos e a sociedade - anulação

Texto: Extratos selecionados do Artigo “Faça um Rav Para Si e Compre um Amigo”
Aula traduzida no link abaixo

sábado, 31 de julho de 2010

Crise Mundial e a Resolução

Crise e a Resolução

Um artigo escrito para o Fórum do Espírito Mundial em Arosa, Suíça, Janeiro de 2006.


Conteúdo:
*A Crise
*Altruísmo é o princípio da vida
*Surgimento de um conflito
*O prazer eterno existe somente em desejos altruístas
*Um longo caminho e um curto para a resolução da crise
*Altruístas e egoístas na sociedade
*Plano para resolver a crise
*Criando uma nova civilização
*O time de resgate da Humanidade

Apêndice: Plano tático de curto e médio prazo
*Objetivos do plano
*Trabalho colaborativo
*Centro de informação
*Departamento de informação e explicação (em ordem de prioridades)
(I) Internet
(II) Comunicação de massa
*Publicações impressas
*Áudio
*Propaganda
*Colaboração com organizações similares
*Aproximando-se de instituições globais
*Possibilitar a criação de um centro de pesquisa internacional pelo altruísmo
*Proposta para pressionar corporações a se tornarem benevolentes
*Exemplos práticos de implementação dos conceitos acima
*Urgência


A Crise
A crise global da humanidade é óbvia. Depressão, drogas, desintegração das famílias, terrorismo, sistemas sociais não sustentáveis, a ameaça de uso de armas nucleares e catástrofes ecológicas são os seus sinais.  O novo livro do professor Ervin Laszlo, “O ponto do caos”, apresenta uma descrição compreensiva da crise.

O crescente risco do uso de armas nucleares, que pode acontecer, deixa clara a ameaça para a existência de toda a humanidade. Muitos cientistas acreditam que a humanidade não tem muito tempo para prever que a crise evolua ao ponto de uma guerra termonuclear ou uma catástrofe global ecológica.

Embora os sinais de uma crise sejam evidentes, como regra, sua existência e agravação são encobertas por governos, organizações sociais, cientistas, sociólogos e psicólogos. A razão pelo deliberado encobrimento da crise está no fato de que os que a dissimulam não vêem meios de corrigir o seu estado atual. Então, a “política avestruz” meramente agrava o problema e acelera a catástrofe que está por vir.

Um provérbio médico diz que “um diagnóstico preciso é metade da cura”. O encobrimento da nossa doença e subestimação da sua gravidade constitui uma direta ameaça para a vida.
Embora o problema principal da civilização seja vencer a crise global, bem como resolvê-la, é requerido primeiro que seja resolvido o grave desafio de explicar o estado atual da crise ao público. Se o público entender a razão da crise e aceitá-la, isso, por si, vai facilitar a sua resolução. Hoje, muitas pessoas ainda estão procurando por uma solução no progresso científico, tecnológico, cultural e social, esquecendo o fato que depender desses para o progresso é o que nos trouxe atualmente para o nosso péssimo estado atual.


Para prever agravamento maior da crise, é exigido:
1. Reconhecer a existência da crise
2. Revelar as suas causas
3. Entender a existência de uma alternativa e possibilidades de resolução
4. Desenvolver um plano para resolver a crise
5. Executar o plano
De forma lamentável, não somente a humanidade bem como a sociedade estão num estado crítico. Toda a natureza está chegando à catástrofe junto conosco. Então, para entender a origem da crise, devemos analisar os princípios da própria natureza.


Altruísmo é o Princípio da Vida
Altruísmo é definido como preocupação pelo bem estar do próximo. Pesquisas acerca do altruísmo revelam que ele não somente existe na natureza, mas também é a base para a existência de cada ser vivo.

Um objetivo vivente é algo que recebe do seu ambiente e concede a ele. Cada organismo vivo engloba uma combinação de células e órgãos que trabalham juntos e complementam um ao outro em perfeita harmonia. Nesse processo, eles são obrigados a conceder, influenciar e ajudar um ao outro. A lei das integrações das células e órgãos está de acordo com o princípio altruístico de “um por todos” e opera em todo organismo vivo.
Reciprocamente, a essência de toda a matéria constitui diferentes medidas de um desejo a ser preenchido com poder, vitalidade e prazer. A intensidade desse desejo cria os vários níveis da natureza: inanimado, vegetal, animal e humano. A intensidade do desejo, além disso, determina cada processo dentro desses níveis, constitui e forma cada fenômeno do mundo na nossa frente. Cada nível superior é uma manifestação de um grande desejo e contém todos os níveis prévios.

Ao obter a unidade da natureza através do princípio “um por todos”, nós começaremos a perceber a exclusividade do fenômeno humano e seu lugar no mundo. A peculiaridade dos humanos, comparada com o resto da natureza, está não somente no poder do caráter dos seus desejos, mas no fato que os desejos humanos estão continuamente mudando e evoluindo. Então, esses desejos são a força motivadora que impulsiona e desenvolve a civilização.

Com a exceção dos humanos, toda a natureza consome somente o que precisa para o seu sustento. Humanos desejam mais comida, mais sexo e mais conforto físico do que precisam para o seu sustento. Essa situação é especialmente verdadeira em desejos que são únicos dos humanos, pela (sem fim) procura pela riqueza, poder, honra, fama e conhecimento.
Desejos por coisas que são necessárias para a existência não são considerados egoístas, porém, naturais, já que eles vêm de acordo com os comandos da natureza. Esses desejos estão presentes no reino inanimado, vegetal, animal, bem como nos humanos. Somente os desejos humanos que excedem o que é necessário para a existência são egoístas.

Em adição ao fato de que o desejo humano cresce exponencialmente, eles incorporam prazer em humilhar os outros, ou ao ver os outros sofrerem. Esses desejos não nos são dados pela natureza, mas infundidos em nós através da educação e ambiente social.

Nosso contínuo envolvimento com esses desejos indica que nós não completamos a nossa evolução. Somente esses desejos podem ser considerados altruístas ou egoístas, de acordo com o propósito que os usamos. No presente, seu desenvolvimento proporciona progresso junto à uma crise abrangente.

Como mencionado acima, todas as forças da natureza além do ego humano estão em equilíbrio, formando um único sistema, e somente o homem perturba sua harmonia. Tudo na natureza é unido e aspira por equilíbrio dentro de si e com seu ambiente que o cerca.  A violação do equilíbrio conduz à desintegração do organismo, doença e a morte do organismo. A possibilidade de manter e restaurar o equilíbrio é uma condição necessária par a existência da vida.


Surgimento de um Conflito
De toda a natureza, somente os seres humanos se relacionam com os outros tendo intenções maliciosas. Nenhuma outra criatura machuca, degrada, explora outra, produz prazer da opressão das outras ou aproveita sua aflição. O uso egoísta dos desejos humanos, com a intenção de se auto elevar à custa dos outros, leva a um precário desequilíbrio com o mundo que nos cerca. O egoísmo humano é a única força destrutiva que existe; então, o mundo não poderá prosseguir até mudarmos nossa abordagem para com a sociedade.
Egoísmo de uma parte traz a morte ao todo. Se uma célula num organismo vivo começa a se relacionar de maneira egoísta em relação às outras, ela se torna cancerígena. Tal célula começa a consumir as próximas que a cercam, indiferente a elas ou às necessidades de todo o organismo, e então, por fim, extingue todo o corpo incluindo a si mesma. O mesmo se aplica ao egoísmo humano com respeito à natureza: enquanto se desenvolve para si mesmo, separado do resto da natureza e não como uma parte integral dela, ele leva tudo à morte, incluindo a si mesmo.

As células podem existir, se desenvolver e se multiplicar somente através da interação como um único todo. A lei da interação altruísta funciona em todo o ser, exceto nos humanos; a eles, é dado o livre arbítrio para perceber totalmente a necessidade do altruísmo e para voluntariamente manter essa abrangente lei da natureza.

A globalização e o desenvolvimento da sociedade humana nos impulsionou a vermos o mundo como um único todo, abrangido por opostos. Ao pesquisar o espaço que nos cerca, revelam-se as interconexões entre todas as suas partes, o desenvolvimento da sua causa e efeito e o propósito das suas ações. A perfeição do mundo está na unidade dos seus elementos; que será concretizada somente através da coexistência de todas as porções da natureza, enquanto cada lado trabalha para sustentar todo o sistema.
Como mencionado antes, exceto para os humanos, toda a natureza completa a sua pré- destinação. Então, é evidente que o problema da humanidade é equilibrar os desejos excessivos de cada pessoa com a natureza, para se tornar uma parte integral e agir como um único organismo. Posto de maneira diferente, a tarefa da humanidade é se tornar altruísta.

O Restante do artigo está disponível no blog pessoal do rav dr. michael laitman, que pode ser acessado por este link.