Publicado na
Mídia (Do Business Insider): "Os americanos não foram sempre viciados em comprar coisas. As
pessoas costumavam poupar dinheiro para as coisas que realmente fossem
necessárias.”
"Mas
na época de abundância que se seguiu a Primeira Guerra Mundial, as corporações
se opuseram a ameaça de superprodução com uma estratégia de manipulação
psicológica."
“Temos de
mudar a América de necessidades, para uma cultura de desejos ", escreveu
Paul Mazur do Lehman Brothers. "As pessoas devem ser treinadas para o
desejo, para querer coisas novas, mesmo antes que o velho tinha sido totalmente
consumido. Temos de moldar uma nova mentalidade na América.
Os desejos
do homem devem ofuscar suas necessidades.”
"Esta
conspiração, ativada por nova sofisticação em publicidade e apoiada pelo
governo, foi chocantemente eficaz ....
"Um
novo tipo de publicidade foi fundamental para que isso fosse possível, e o
pioneiro neste campo foi Edward Bernays , o sobrinho de Sigmund Freud, que
mostrou as corporações como fazer as pessoas quererem coisas de que não
necessitavam ligando bens produzidos em massa a desejos inconscientes ....
"Bernays
quebrou o tabu contra o tabagismo feminino, convencendo um grupo de debutantes
a acender (cigarros) num desfile - um evento que ele vazou para a mídia antes
do tempo com a frase "Tochas da Liberdade" – deste modo ligando fumar
com o desafio a autoridade masculina ...
"Em
1927, um jornalista americano escreveu: 'Uma mudança chegou sobre a nossa
democracia, é chamada de consumismo. A primeira importância do cidadão americano
para seu país já não é a do cidadão, mas a do consumidor.
"Eleito
em 1928, o presidente Herbert Hoover foi o primeiro político a abraçar o papel
central do consumismo."
O Comentário do Dr M.Laitman: Mas o tempo desenvolve um
desejo nas pessoas, e elas não estão mais satisfeitas com as compras. Há um
desejo, mas não há realização porque os desejos se tornam virtuais, visando o
sentido da vida, o sentimento de felicidade.
Além disso,
compreendeu-se que a realização dos desejos materiais mata o próprio desejo, e,
assim, a sensação de prazer e felicidade desaparece, porque o prazer é sentido
apenas quando o desejo e a realização se encontram, e realização reduz a
sensação de felicidade.
Acontece
que a felicidade é inatingível se satisfizer o desejo, e como é que é possível
satisfazê-lo de modo que não esteja satisfeito, sempre ter o desejo e não
receber?
A ciência
da Cabalá (receber em hebraico), nos ensina como alcançar a felicidade eterna e
infinita! É possível se quebrarmos a ligação entre desejo e realização, se eu
amo alguém, realizando-o, eu desfruto. É por isso que o amor (não para o corpo,
mas para um ser humano) é um meio de alcançar a felicidade.
Na Armadilha do Egoísmo
Nós fomos
pegos numa armadilha preparada para nós por nossa natureza egoísta. Sob a
influência da natureza, a pessoa tende a: 1) satisfazer as necessidades básicas
(razoáveis) e 2) satisfazer o desejo de excessos que surgem nela sob a
influência de seu ambiente. Ao invés de se esforçar para se tornar semelhante à
natureza, tornando a humanidade como uma família, nos envolvemos em competição,
individualismo e protecionismo.
Os
interesses pessoais dos produtores impõem uma sociedade de consumo sobre todos,
na qual todos aspiram ao excesso em tudo. No entanto, eles nunca chegam à
felicidade, porque esse sentimento não os faz comprar mais e anula o culto do
consumismo.
Tudo é
feito para substituir os valores espirituais pelos materiais. As pessoas
precisam ser limitadas, elas são levadas a filmes, enganadas pela cultura de
massa e etc.. O contraste crescente entre a humanidade e a natureza integral
criou diferentes tipos de desequilíbrios que se manifestam na forma de
catástrofes naturais e sociais.
Publicado no www.laitman.com.br em 24/02/2013