Inicialmente
precisamos aprender o desenvolvimento correto da natureza. Ela é perfeita e nós
somos sua consequência. Nossos pensamentos e sentimentos também se originam do
que ela nos deu. Então nós apenas temos que imitá-la, tomar o seu exemplo. Sabemos
que muitas das tecnologias mais recentes são baseadas no conhecimento dos
sistemas naturais e mecanismos na tentativa de reproduzi-los artificialmente. Nós
devemos fazer a mesma coisa na sociedade, nas nossas relações sociais,
econômicas, comerciais e outras relações. Se nós tivéssemos copiado a natureza
em nós mesmos, poderíamos ter nos livrado de todos os problemas.
É
de conhecimento comum que o Criador não completou a criação quando a criou. E
nós podemos ver em cada canto da realidade, geral e particular, que ela cumpre
as leis do desenvolvimento gradual, de ausência até a conclusão do crescimento.
Por esta razão, quando o fruto tem sabor amargo no início do seu crescimento,
isso não é considerado uma falha no fruto, já que todos nós sabemos a razão: o
fruto ainda não concluiu seu desenvolvimento.
Assim
é em todos os elementos da realidade: quando algum elemento parece ruim e
prejudicial para nós, é apenas por causa de um autotestemunho desse elemento,
que está ainda na fase de transição – no processo do seu desenvolvimento.
Portanto, nós não podemos decidir o que é ruim e não é sábio para nós emitir
uma falha nele.
Se
nós estamos falando do mundo exterior ou do mundo dentro de nós não importa. A
conclusão final pode ser simples: “Não toque a Natureza. Não mexa nela com as
mãos “sujas” e sua mente estúpida que é capaz de ver apenas o que está a um
milímetro do seu nariz. Melhor você cuidar de si mesmo. Você tem o globo.
Assim, tente viver em paz com ele; senão, isso não será bom para você”. Com
nossa mente corrupta, nossas mãos “sujas” — ou seja, egoístas — nós podemos
interferir nos assuntos da Terra, na riqueza e nos recursos que são limitados.
Eles nos são dados apenas para avançarmos de forma equilibrada de acordo com a
natureza, e não negativamente contra este sistema abrangente universal.
Se
nós percebemos nossa atitude negativa, a natureza imediatamente começa a
defender-se automaticamente e nos deparamos com as consequências de nosso erro
crescente em sua resposta. Isso causa grande sofrimento, crise e ameaça à nossa
existência: o perigo de aniquilação.
Tudo
isso porque não entendemos: a natureza é perfeita, e nós só precisamos aprender
a aderir totalmente a este sistema de forma equilibrada. A questão reside na
abordagem e exploração racional. O princípio é simples: o ser humano não está
proibido de fazer algo que não perturbe o equilíbrio natural. Claro, nós
podemos comer carne e peixe, cortar árvores, plantar vegetais e aproveitar a
vida. No entanto, devemos sempre saber onde está o limite além do qual há ações
direcionadas contra o equilíbrio, e quão bem nos encaixamos no sistema da
natureza.
Como
podemos verificar isso? Somente através do nosso egoísmo. Onde eu o utilizo,
lá, o mal começa. Afinal, a natureza é um sistema analógico totalmente altruísta,
baseado na doação mútua. Todas as suas partes, semelhante aos órgãos do nosso
corpo, cuidam apenas do bem-estar do todo. Esta é a maneira que nós devemos ver
a natureza a fim de verificar a mesmos. Nós agimos de forma semelhante? Nós
procuramos a perfeição, ou não?
Isso
é o que significa agir não artificialmente, mas naturalmente, para estar em
constante amor e doação, que é a lei da natureza, em vez do egoísmo que busca
sua própria vantagem. Assim, no nosso nível, nós podemos realizar a lei da
natureza, “Ama a teu próximo como a ti mesmo”, a lei pela qual vivem todas as
suas partes. Um predador, devorando a presa, nunca faz isso pelo prazer do
sofrimento dos outros. Ele caça apenas para se alimentar e nada mais. Quanto
mais profundamente nós compreendemos a natureza, mais nos tornamos convencidos
disso.
Nesse
sentido, nós precisamos entender o que e quanto devemos receber da natureza.
Não há nenhum problema se podemos usá-la apenas para viver com ela em
equilíbrio; em outras palavras, se todas as nossas ações são para o bem dos
outros, para o bem da natureza inanimada, vegetal e animal.
Como
isso é alcançado? Primeiro, nós precisamos corrigir a nossa própria natureza.
Afinal, o que os níveis inferiores executam instintivamente, nós devemos
perceber no que chama “acima da razão”, acima do egoísmo, e para isso estudamos
o método de educação integral.
Vale
lembrar que na natureza, o forte come o fraco, e ele não perturba a harmonia.
No entanto, isso causa um efeito devastador entre as pessoas. É o egoísmo não
corrigido atuando sobre nós. No entanto, esta lei deve ser efetuada de modo
diferente entre as pessoas: o forte ajudando o fraco na correção. O lobo
comendo as ovelhas traz correção, por exemplo, ajudando a população a se livrar
dos animais fracos. Assim, nós devemos ajudar uns aos outros de acordo com o
mesmo princípio de harmonia e equilíbrio, mas não comendo, e sim amando
igualmente a todos no nível humano, comprometendo-nos pelo bem dos outros. Podemos
medir nossa força ou fraqueza neste contexto por meio do serviço aos outros. Se
eu sirvo a eles ou os utilizo.
O QUE VOCÊ NÃO PODE APRENDER COM A NATUREZA
Aprendemos
com a natureza como construir sistemas integrais. Nós vemos de seu exemplo que
não somos capazes de nos integrar na natureza, e somos incapazes de nos
identificar com ela.
O
problema é que ninguém sabe como estabelecer um equilíbrio com a natureza, como
alcançar a semelhança, união com ela. A humanidade não pode encontrar a
resposta a esta pergunta por suas próprias forças. Aqui, nós somos os
portadores da Luz que Reforma. O mundo é integral, e representamos um sistema
analógico semelhante ao nosso corpo, todas as suas partes interagem
harmoniosamente entre si, enquanto que o homem é como um tumor canceroso,
devorando tudo ao seu redor.
Cientistas
modernos conduzem estudos notáveis sobre este tema. A doença está claramente
marcada e é claro que ela progride ameaçando destruir toda a raça humana. E se
morrermos como os mamutes? E se isso acontecer na minha geração ou na geração
dos meus filhos? O que podemos fazer?
Torna-se
evidente que não há nenhum remédio. Afinal de contas, isso também deve ser
recebido da Natureza. No entanto, pesquisadores aprendem com ela apenas no
negativo. Eles expressam nossa oposição a ela e não sabem como tornar-se
integral.
Uma
conclusão indiferente segue-se: “Que seja”. Todo mundo encontra seu nicho, seu
argumento, sua justificativa. Os economistas dizem uma coisa, os sociólogos
dizem outra, os políticos, um terceiro, e não há ainda qualquer solução. Eles vêem
o negativo do nosso mundo (-), oposto à natureza perfeita (+), mas não
conseguem descobrir como atingir um estado equilibrado, como chegar ao
equilíbrio. Isso não pode ser aprendido com a natureza.
Por
isso é que o mundo precisa do método de correção, a sabedoria da Cabalá. Ela
ensina como desenvolver-se em três linhas quando a Luz é oposta ao nosso ego, e
nós sabemos como formar a linha média entre elas, como equilibrá-las.
As
pessoas sem o Ponto no Coração não podem saber isso por causa do ego humano que
se manifesta nelas, enquanto em alguns, o maior ego resiste ao amor. Procuramos
chegar ao amor e descobrimos o ódio, um que é desconhecido. É possível conviver
com seu ódio, e por isso eles não têm vasos, as ferramentas para a solução.
Eles são como crianças indefesas e nós só podemos resolver os problemas atuais.
Assim,
é nosso dever revelar a diferença de potenciais à humanidade, toda a diferença
entre o positivo e o negativo. Ela, propriamente dita, não vai esclarecer o
problema até o fim porque ela não tem uma solução. Por que precisamos reabrir a
ferida? Da mesma forma, os cônjuges evitam áreas de conflito para não brigar
por nada. Nós podemos entender a doença e estabelecer seu diagnóstico final,
porque temos uma cura para ela.
Lição Diária de
Cabalá do Dr Michel Laitman - publicado em 09/06/13, Escritos do Baal HaSulam