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domingo, 24 de março de 2013

A CULTURA DO CONSUMISMO E A FELICIDADE


Publicado na Mídia (Do Business Insider): "Os americanos não foram sempre viciados em comprar coisas. As pessoas costumavam poupar dinheiro para as coisas que realmente fossem necessárias.”

"Mas na época de abundância que se seguiu a Primeira Guerra Mundial, as corporações se opuseram a ameaça de superprodução com uma estratégia de manipulação psicológica."


“Temos de mudar a América de necessidades, para uma cultura de desejos ", escreveu Paul Mazur do Lehman Brothers. "As pessoas devem ser treinadas para o desejo, para querer coisas novas, mesmo antes que o velho tinha sido totalmente consumido. Temos de moldar uma nova mentalidade na América.
Os desejos do homem devem ofuscar suas necessidades.”

"Esta conspiração, ativada por nova sofisticação em publicidade e apoiada pelo governo, foi chocantemente eficaz ....

"Um novo tipo de publicidade foi fundamental para que isso fosse possível, e o pioneiro neste campo foi Edward Bernays , o sobrinho de Sigmund Freud, que mostrou as corporações como fazer as pessoas quererem coisas de que não necessitavam ligando bens produzidos em massa a desejos inconscientes ....

"Bernays quebrou o tabu contra o tabagismo feminino, convencendo um grupo de debutantes a acender (cigarros) num desfile - um evento que ele vazou para a mídia antes do tempo com a frase "Tochas da Liberdade" – deste modo ligando fumar com o desafio a autoridade masculina  ...

"Em 1927, um jornalista americano escreveu: 'Uma mudança chegou sobre a nossa democracia, é chamada de consumismo. A primeira importância do cidadão americano para seu país já não é a do cidadão, mas a do consumidor.

"Eleito em 1928, o presidente Herbert Hoover foi o primeiro político a abraçar o papel central do consumismo."

O Comentário do Dr M.Laitman: Mas o tempo desenvolve um desejo nas pessoas, e elas não estão mais satisfeitas com as compras. Há um desejo, mas não há realização porque os desejos se tornam virtuais, visando o sentido da vida, o sentimento de felicidade.

Além disso, compreendeu-se que a realização dos desejos materiais mata o próprio desejo, e, assim, a sensação de prazer e felicidade desaparece, porque o prazer é sentido apenas quando o desejo e a realização se encontram, e realização reduz a sensação de felicidade.

Acontece que a felicidade é inatingível se satisfizer o desejo, e como é que é possível satisfazê-lo de modo que não esteja satisfeito, sempre ter o desejo e não receber?

A ciência da Cabalá (receber em hebraico), nos ensina como alcançar a felicidade eterna e infinita! É possível se quebrarmos a ligação entre desejo e realização, se eu amo alguém, realizando-o, eu desfruto. É por isso que o amor (não para o corpo, mas para um ser humano) é um meio de alcançar a felicidade.


Na Armadilha do Egoísmo

Nós fomos pegos numa armadilha preparada para nós por nossa natureza egoísta. Sob a influência da natureza, a pessoa tende a: 1) satisfazer as necessidades básicas (razoáveis) e 2) satisfazer o desejo de excessos que surgem nela sob a influência de seu ambiente. Ao invés de se esforçar para se tornar semelhante à natureza, tornando a humanidade como uma família, nos envolvemos em competição, individualismo e protecionismo.

Os interesses pessoais dos produtores impõem uma sociedade de consumo sobre todos, na qual todos aspiram ao excesso em tudo. No entanto, eles nunca chegam à felicidade, porque esse sentimento não os faz comprar mais e anula o culto do consumismo.

Tudo é feito para substituir os valores espirituais pelos materiais. As pessoas precisam ser limitadas, elas são levadas a filmes, enganadas pela cultura de massa e etc.. O contraste crescente entre a humanidade e a natureza integral criou diferentes tipos de desequilíbrios que se manifestam na forma de catástrofes naturais e sociais.






Publicado no www.laitman.com.br em 24/02/2013