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domingo, 4 de maio de 2014

O DESPERTAR DA HUMANIDADE



Hoje, muitas pessoas acreditam que o progresso da humanidade está se aproximando de um beco sem saída. Nossas antigas esperanças de uma vida melhor e mais feliz, graças ao progresso científico e social, têm sido ofuscadas por um pessimismo crescente sobre o que parece ser um impasse.


O racionalismo tem existido no mundo desde os tempos da Grécia antiga. A visão predominante é a de que o ser humano se encontra acima de toda a natureza e não devemos esperar por misericórdia do céu; pelo contrário, cabe a nós levar tudo nas nossas mãos. Isto quebrou-nos, a partir do desenvolvimento de uma filosofia materialista alegando que uma pessoa não é uma parte da natureza. Na verdade, ela é a maior egoísta.


A diferença entre a minha visão de mundo, o meu desejo de estar acima da natureza, e o que é de fato descoberto, desperta uma crise global que inclui todas as áreas da atividade humana. Isto é assim porque eu penso que posso controlar a natureza e, de repente, descubro que a natureza é integral. Agora estamos descobrindo gradualmente que estamos dentro de um computador, dentro de um programa que nos gere, por isso não podemos fazer nada. Todos os nossos planos são destruídos e não há nenhuma maneira que possamos ter sucesso em ativá-los. Tentamos fazer algo com as nossas vidas, com as crianças, com a nação, mas tudo é em vão. Porquê? Isto é porque nós desenvolvemos um estado onde nos sentimos acima da natureza, mas descobrimos que ela está acima de nós e, em suma, somos ativados por esta, quer queiramos ou não. Essa falta de acomodação entre o nosso estado e o que acontece na realidade leva a todos os problemas. 


PORQUE AGORA É MOMENTO DA CABALA?

Vemos que mais e mais pessoas no mundo são incapazes de encontrar satisfação. Antigamente, pensávamos que estávamos dando grandes saltos para frente, que fazíamos progressos substanciais, mas agora parece que estamos enfrentando uma espécie de muralha.

A humanidade parece estar mergulhada numa depressão, o suicídio e as drogas abundam, e as pessoas estão tentando se libertar do mundo, suprimindo seus sentimentos. O terrorismo e o rápido crescimento das catástrofes naturais são sintomas de uma crise global, e esses estados estão levando a humanidade a uma pergunta fundamental: "Qual é o sentido da vida?". Muitas pessoas já começaram a procurar a resposta para esta pergunta. Isto torna-se evidente se considerarmos o grande aumento na procura pela epiritualidade ao longo dos últimos vinte anos.

Está escrito no Livro do Zohar, que no final do século XX a humanidade começará a perguntar sobre o sentido da vida, e que a resposta a esta questão, oculta na antiga ciência Cabalística, só pode ser revelada em nossa época, justamente por causa dessas circunstâncias desafiadoras.

É por essa razão que a ciência Cabalística tem sido ocultada há milênios. As pessoas não estavam preparadas para ela, e não precisavam dela. Porém, nos últimos anos, o seu apelo aumentou dramaticamente. Muitos têm se ocupado dos estudos Cabalísticos, curiosos para saberem o que ela pode lhes dar. Quando uma pessoa percebe que a Cabalá responde à pergunta sobre o sentido da vida, ela não se sente intimidada, e começa a participar ativamente do estudo dela.

As idéias de que a Cabalá se ocupa de magia, milagres, ou água benta, estão gradualmente desaparecendo. As pessoas percebem que estes são fenômenos psicológicos.

A demanda pela Cabalá autêntica e verdadeira está crescendo. Em outras palavras, há uma demanda crescente por aquilo que nos permitirá perceber o universo maior, a existência eterna, e as forças governantes superiores. As pessoas querem saber por que o nosso mundo e as nossas vidas estão se revelando como elas são, de onde viemos e para onde estamos indo.

Em nossa época, muitas pessoas ao redor do mundo têm desenvolvido um interesse por esse assunto, e é por isso que a ciência Cabalística vem ganhando popularidade. À medida que essa existência terrena parece ainda mais lamentável e limitada, mais e mais pessoas procuram se associar a algo além deste mundo.
Dessta forma, hoje as pessoas estão prontas para a ciência Cabalística. Ela acolhe todos aqueles que verdadeiramente buscam descobrir o sentido da vida, a fonte de nossa existência, e oferece um método prático de alcançá-la




domingo, 19 de janeiro de 2014

E FOI-SE A NOITE E FOI-SE A MANHÃ

"E foi-se a noite", estende-se da escuridão de Malchut. "E foi-se a manhã" se estende a partir da luz, de Zeir Anpin. "Um dia", indicando que a noite e a manhã são um só corpo, e ambos fazem o dia. Para saber que não há dia sem noite e nem noite sem dia, e eles nunca se separarão um do outro. É impossível ter a luz do dia sem que a escuridão da noite se preceda. Da mesma forma, nunca haverá a escuridão da noite sem que haja a luz do dia em seguida, uma vez que eles nunca estarão um sem o outro. Luz e escuridão produz um único dia. O dia começa com a escuridão. Quando a escuridão começa, contamos o início do dia.

Após as restrições e a quebra, o sistema de [cascas] Klipot surge, o lugar de BYA divididos em dois discernimentos. De sua metade e acima havia BYA Kedusha (santidade), e a partir da metade para abaixo se tornou a seção permanente da Klipot. Em conseqüência, neste mundo, um homem não sente falta pela espiritualidade. Quando ele começa a sentir a escuridão da noite, que ele está distante do Criador, ele já começa a acreditar na existência do Criador, caso contrário, de quem ele está distante?

Tudo isso é resultado da iluminação de longe, que brilha para ele, e, na medida, que ele sente que está distante do Criador. Acontece que o sentimento das trevas começa quando há iluminação. Como a luz do dia é reconhecida somente pela negação, que se sente a falta, e não se sente a Luz do Criador, a Luz que ilumina a sua falta, agora então começa a sentir que lhe falta a luz do Criador, chamado de "dia". Mas para aqueles para quem a luz do dia não brilha, não sabem que há uma falta para a Luz do Criador, chamada de "dia".

O Criador causa sua escuridão, para que ele se preocupe com a espiritualidade. Por enquanto, o Criador tem tido piedade dele e ilumina o discernimento do dia, começando com a noite. Quando o dia começa a brilhar em seu coração em forma de escuridão, isso é chamado "o começo da subida do dia." O Kelim então começa a se formar dentro dele, na qual a luz será capaz de brilhar de forma afirmativa, essa é a Luz do Criador, é quando ele começa a sentir o amor do Criador e o sabor da Torá e o gosto da Mitzvot.



No entanto, se já tiver sido concedido um pouco de "dia" na forma negativa e sente que sua vida inteira depende da adesão (Dvekut) com o Criador e começa a se atormentar por ter sido afastado do Criador, ele de repente cai em um estado de baixeza, de paixões bestiais.

Quando a pessoa começa a trabalhar no sentido de doar, a questão da superficialidade: "O que você quer dizer com este serviço? Porque que são os seus trabalhos? "Quando uma pessoa começa a refletir que talvez ela esteja certa, ela cai sob o seu poder. Se ele não ouví-lo, ele se fortalece no trabalho e diz: "Agora eu estou indo no caminho da verdade sem estar confuso." Ele supera e se torna feliz.

O verdadeiro caminho é ir acima da razão, na fé, o oposto do saber, que o corpo entende. Sempre achando que ele não tem outra escolha a não ser acreditar acima da razão.

Quando ele sente um pouco de gosto no trabalho ele não o toma como apoio, para então não precisar da fé, já que ele tem alguma base, pois senão ele seria imediatamente derrubado de seu grau. Quando se toma cuidado para não substituir a fé com a base do conhecimento, mesmo que por um minuto, ele é feliz por não tomar o caminho dos pecadores.








Resumo do artigo n º 36, 1984-1985