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domingo, 31 de outubro de 2010

Pensei que eu Estivesse Aposentado, mas Eu Estou Agora Desempregado

Pensei que eu Estivesse Aposentado, mas Eu Estou Agora Desempregado

        Pete Latona

 Como tantas pessoas, meus planos de aposentadoria cuidadosamente elaborados, estão aos pedaços. Agora é   hora de superar o "jogo da culpa" e encontrar soluções próprias.
     
Eu me aposentei no final de 2006 com um plano financeiro moderado, organizado, que duraria para o decorrer da minha vida e de minha esposa, podendo ainda deixar algo para os filhos. Meu consultor financeiro e eu escolhemos um modelo de alocação de ativos adequado e precisamos de apenas 5% de retorno para nos prepararmos. Minha esposa e eu planejamos trabalhar como voluntários porque queríamos,  não porque precisássemos. Após muitos anos na América corporativa, essa pareceu ser uma ótima posição para ocuparmos - em nossos vislumbrados "anos dourados".

Ainda estou em um pouco chocado com tudo o que aconteceu nos mercados financeiros ao longo do ano passado. Por um lado, os acontecimentos se desdobraram em um piscar de olhos, e por outro, foi uma morte aos poucos. Meus planos de aposentadoria eram sólidos, organizados, mas agora eles se foram. Desapareceram. Morreram. Eles não  viverão novamente,  e fui deixado em choque, desespero, incredulidade e raiva para tentar descobrir o que fazer a seguir.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Último Super-Homem

O Último Super-Homem

O mundo está desesperadamente à procura de heróis, pessoas que nos levarão para fora das crises que estão nos  atingindo. Pode o presidente Obama lidar habilmente com essa situação e derrotar os vilões da ganância e do egoísmo?

Recentemente, houve boatos de que Barack Obama se sentiu tentado a entrar em uma oferta de preços por uma edição rara e única do Superman em quadrinhos. Os rumores começaram a se estabelecer quando foi anunciado que o presidente norte-americano não estaria participando do leilão (e, além disso, ele é um fã do Homem-Aranha, não do Superman). E, por fim, a conversa finalizou quando a revista foi vendida para outra pessoa por $ 325,000 dólares (quase o salário anual de Obama).

Ainda assim, o fato dos  rumores terem iniciado é muito mais que uma coincidência. Superman é um símbolo claro do sonho americano, ele é o ‘último’ vaqueiro , o anjo redentor de uma nova era. Apesar do passar das décadas,  desde que ele foi visto voando sobre Metrópolis, e o fluxo constante de heróis que têm inundado o mundo desde então, não há dúvida de que o cavaleiro azul na capa vermelha ainda é o número um.

Não é de se admirar que as pessoas estejam associando Obama a Superman, como se pedindo que os dois unam forças e derrotem a escalada da crise. O discurso arrebatador e inaugural de Obama perante o Congresso foi um testemunho perfeito a isso. Foi um discurso clássico de Superman.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um Mundo Melhor para os Nossos Filhos

Um Mundo Melhor para os Nossos Filhos

Com o mundo em crise, pais em todos os lugares temem pelo futuro de seus filhos. No entanto, a fim de sermos bem-sucedidos, podemos prepará-los para o caminho de um futuro mais feliz do que já sonhamos

Enquanto estou sentado frente ao meu computador, a vizinhança está repleta  com a risada de crianças brincando de pega-pega. Isso me faz lembrar da minha infância, e não consigo evitar de pensar o que o futuro lhes reserva.

A humanidade sempre investiu esforços sobre-humanos para assegurar que a próxima geração terá uma vida mais fácil e mais gratificante. Atualmente, para muitos pais, esse sonho pode permanecer, para sempre, uma fantasia. A incerteza econômica, o colapso ambiental e a violência, prometem ser o legado que deixaremos a nossos filhos. Uma pesquisa da Rasmussen, em janeiro, revelou que apenas 47% dos pais americanos acreditam que seus filhos estarão em melhor situação do que eles.

Essa perspectiva sombria deveria ser uma convocação à ação para todos os povos. Mas, se quisermos ter alguma esperança de encontrar soluções duradouras, é preciso primeiro traçar a evolução que conduziu aos problemas que enfrentamos hoje.


                        Será que alguém pressionou a tecla “Fast Forward”?


As necessidades da humanidade, uma vez foram simples: Se havia alimento suficiente, abrigo e segurança contra predadores, a vida era boa. Mas o tempo avançou, e as necessidades já não eram suficientes. As pessoas queriam mais da vida e, assim, a busca incessante de novos prazeres começou. No momento em que chegamos ao século 20, tudo havia acelerado, como se alguém tivesse apertado a tecla "fast forward". Fomos do cavalo aos jatos, do telégrafo ao telefone e à Internet. A cada geração, o luxo dos pais tornou-se a necessidades dos filhos.

Essa escalada contínua de auto indulgência finalmente nos alcançou, levando nosso mundo à beira do colapso. Nossa cultura de excessos atingiu seu ponto culminante com  ego-maníacos como Bernard Madoff, que fraudou investidores em torno de US $ 50 bilhões. E, embora seja fácil colocar a culpa em Madoff, a realidade é que todos temos uma parcela da culpa, mesmo que nossos excessos sejam em uma escala muito menor.

Se formos honestos, veremos que o sucesso em nossa sociedade é definido como mais dinheiro, fama ou poder, não importando qual o custo para os outros. Então, o que podemos esperar para  nosso futuro se esses são os valores que promovemos?

Se o egoísmo é a raiz dos nossos problemas, então a solução é transformar  nossos valores de altruísmo e de partilha. Mas como? Afinal, a humanidade tem prosperado com uma mentalidade de  "Eu primeiro!", há milhares de anos. No entanto, na sociedade globalizada de hoje, onde tudo que ocorre em um lado do mundo tem um impacto quase que imediato no outro lado, "Eu primeiro!", não funciona mais. Nas palavras do Primeiro Ministro britânico, Gordon Brown,  "nesta era global, precisamos de soluções que já não possam ser definidas em termos de nós e eles, mas possam ser alcançadas somente em conjunto. - como nós com eles".
 
Novos problemas requerem novas soluções
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Não podemos comprar nossa maneira de sair da crise atual com os dólares do contribuinte ou através de compras demasiadas. Temos que abordar a vida sob uma nova perspectiva, utilizando três ferramentas poderosas.

  • Educação

As pessoas hoje estão perdidas e confusas se perguntando: Por que isto está acontecendo? O que deveríamos fazer? Mas somos desenvoltos, ‘resolvidos’, e, se entendermos o problema, realizaremos milagres para resolvê-lo. É por essa razão que uma campanha de educação pública sobre a globalização de nossas economias, a interdependência de todos os povos e os benefícios da cooperação, podem guiar-nos às soluções.

Nossa melhor esperança para o futuro encontra-se na educação de nossos filhos. O colunista do NY Times, Nicholas Kristof, recentemente classificou a educação como "a nossa maior vergonha nacional". E ele está certo: não estamos oferecendo a nossas crianças o conhecimento que elas precisam para ter sucesso na nova era global. Se lhes oferecermos uma educação sobre as leis naturais que regem os sistemas interligados, elas estarão preparadas para navegar facilmente em mares tempestuosos, tão incompreensíveis para nós.

  • Meios de comunicação

A maior parte de nossos padrões comportamentais são oriundos da TV e da Internet. Enquanto as notícias, entretenimento e esportes glorificarem a busca de riqueza e de uma mentalidade "vitória a qualquer custo", veremos a ganância e a exploração dominarem  nossa sociedade. Se no entanto, insistirmos que esses locais refletem os valores da compaixão, transformaremos a força destrutiva da mídia de hoje  a nosso favor.

E, de fato, a maré já está começando a mudar. Uma recente série de anúncios traz títulos como: "Em um mundo Absoluto, a Moeda será substituída por atos de bondade." A CNN apresenta séries sobre as histórias de características de sobrevivência econômica de pessoas que encontram a felicidade através da renovação de laços familiares, compartilhando com outros e um estilo de vida  mais simples. Nós apenas precisamos dar um empurrão!

  • A Força da Sociedade

O instrumento mais poderoso para a mudança, entretanto, somos nós. Por toda a história, a mudança social tem sido conduzida pelas pessoas. O Renascimento do século 14 é apenas um exemplo de um movimento cultural que levou a avanços exponenciais em todas as áreas. E hoje, o desejo por mudança entre o povo americano foi tão forte, que um candidato improvável venceu de forma espetacular.

Essa é a força que podemos aproveitar para fazer as mudanças na sociedade de hoje. Mas como podemos transformar nossa abordagem em relação à vida do egoísmo para o altruísmo, quando tudo que sabemos  é "cuidar do # 1"? Na verdade nossos filhos podem nos mostrar o caminho! Quando uma criança decide se tornar um médico, ela ‘brinca’ de médico, mesmo que não tenha idéia do que esteja fazendo. Somente quando a criança se tornar um médico, ela saberá  o que isso realmente significa, mas cada uma de suas idéias imaginadas ao longo do caminho, é uma preparação necessária.

Então, para começar, nós podemos "fingir até conseguir." Nossos primeiros esforços “altruístas”serão puramente egoístas: feitos para escapar da crise. Ao longo do tempo, porém, uma incrível transformação ocorrerá:  nossa alegria disfarçada de altruísmo dará lugar à coisa real, proporcionando alívio real à crise.

Arne Duncan, o novo secretário da Educação, comentou: "Temos de continuar a pensar diferente e fazer tudo o que pudermos  a fim de colocar nossos alunos ...  no caminho para  buscar o sonho americano. " Vamos pressionar nosso governo a utilizar parte dos $ 150 bilhões de benefícios para a educação a criar um novo sonho americano, que valorize as atividades que beneficiem a todos e desaprove o sucesso pessoal em detrimento de outros. Vamos usar o poder de nossa vontade coletiva para mostrar aos políticos e às empresas que não estamos mais comprando em uma sociedade orientada para o consumidor. Vamos incentivar os meios de comunicação a promover os valores de generosidade e partilha, evitando a glorificação egoísta dos indivíduos. Dessa forma, deixaremos um legado duradouro para nossos filhos e eles terão a sabedoria para saber como utilizá-lo.

sábado, 2 de outubro de 2010

A Escola da Vida

A Escola da Vida

Educação é o processo de interação e reação que recebemos do nosso ambiente. A cabala nos ensina como despertar o poder do nosso ambiente para nos educar neste mundo que está sempre se transformando.

O quanto tu consegue lembrar da tua infância? Se tu és como eu, talvez as primeiras memórias te levem a idade de quatro ou cinco anos. Os que têm uma visão mais clara, ou que tiveram a chance de observar um filho próprio, estão interessados numa maravilhosa transformação que está sendo revelada cada dia. Todos nós iniciamos a vida com algumas habilidades instintivas – como amamentar, levantar os dedos ou lamentar em caso de desconforto. Todas as nossas necessidades são instantaneamente abastecidas pelos nossos amados pais e mães.

Logo, no entanto, começamos a aprender como manipular o nosso ambiente. Talvez, fazer aquela careta bonita no nosso rosto sempre produzisse uma risada da nossa mãe, então, naturalmente repetíamos. Descobrimos que mastigar o chocalho era bom, então começavamos a colocá-lo na nossa boca ao invés de empurrá-lo nos nossos olhos. Virtualmente, em cada momento alerta, a mente de um bebê está forjando novas conexões sobre como seu corpo e o ambiente que o cerca funciona e interage.

Enquanto crescemos durante a infância, continuamos expandindo os nossos horizontes, avaliando cada situação nova para determinar como obter o maior prazer possível enquanto fazemos o menor esforço possível para consegui-lo. Isso é natural para nós como respirar, e o mundo nos dá respostas para nos ajudar a fazer ajustes. O que a pequena menina não aprendeu na idade de seis anos que “ao olhar para o seu pai com grandes olhos forçando sua voz dizendo “por favoooooooor!””  certamente ajudou-a a conseguir o que ela desejava? Quantos meninos descobriram da maneira mais difícil que se envolver com o cara mais forte da turma poderia ter conseqüências más?

Entre na Sala de Aula

As circunstancias particulares que se desenvolvem ou não para nós no nosso ambiente formam o nosso comportamento e nosso futuro com uma força que é quase impossível de parar depois na vida. Ainda que essa poderosa e inevitável força não é o que entendemos quando falamos sobre “educação”. Ao invés disso, usamos esse termo para referir a uma coleção de fatos, habilidades e idéias que são impostas para nós por alguma autoridade exterior.

De modo realista, virtualmente, toda essa “educação formal” é perdida logo que a criança deixa a sala de aula. Quantos de vocês podem dizer os nomes dos presidentes das capitais de todos os 50 estados? Tu consegue resolver uma equação polinomial, ou lembrar da diferença entre ligações iônicas e covalentes?

Nosso foco numa educação baseada em fatos e figuras tem várias conseqüências infelizes. Para muitas pessoas, o processo é tão doloroso que cria uma aversão durante toda a vida para o  aprendizado. Muitas pessoas ficam ansiosas em se graduar e aprender as habilidades básicas do emprego para poder logo terminar sua “educação”. As mudanças de vida que requerem aquisição de novas habilidades são extremamente traumáticas ao invés de ser um simples novo estágio na vida.

Onde a Educação Falha
Provavelmente mais importante, de qualquer forma, a nossa concentração na sala de aula nos afasta da verdadeira educação que esta disponível para nós através da nossa exploração pessoal do mundo.  Inconscientemente, somos influenciados pelo nosso ambiente. Reagimos e fazemos ajustes baseados em se as ações nos trarão prazer ou dor.

Cada vez que o nosso ambiente muda, seja conhecendo um novo amigo ou uma mudança de vida como casamento, um novo emprego, uma mudança, nós devemos aprender novas “regras” de comportamento e ajustarmo-nos para as circunstâncias em mudança. Mas imagine o poder que estaria na ponta dos nossos dedos se nos fossem ensinadas as habilidades necessárias para ativamente usar esse mecanismo para formar nossas vidas e o mundo a nossa volta? Nossa sensitividade para os relacionamentos de causa e efeito no mundo aumentaria exponencialmente se estivéssemos notando isso e sintonizados com a reação.

Respostas para um Novo Mundo

Isso é, de fato, a solução para muitas das crises que estamos presenciando no mundo atual. O mundo a nossa volta, basicamente, mudou: vivemos agora num mundo global e interligado. O problema é que nós crescemos num mundo onde a competição, independência e isolação eram as normas. As habilidades e comportamentos que existiam no velho mundo não servem mais para o novo mundo, e os eventos no mundo a nossa volta estão transmitindo esta mensagem para nós de maneira clara e alta. No entanto, perdemos a habilidade de escutar.

A resposta? Precisamos adotar um conceito amplo de educação e aprender a usá-lo para nossa vantagem. Precisamos nos sintonizar a esses eventos do mundo que estão nos alertando: o problema está na conexão entre nós. Precisamos nos ajustar para estar em alinhamento com essas mensagens ao invés de continuar a tentar forçar velhas soluções em novas circunstancias. As ferramentas para nos sintonizar para essas novas circunstâncias de interconexão global podem ser encontradas no método da cabala, que nos ensina como transformar os relacionamentos da humanidade numa forma mutua e globalmente benéfica.
A cabala pode nos mostrar como retornar a “escola da vida” onde nós vivemos cada experiência com os olhos bem abertos, procurando por conexões e conseqüências como fazíamos quando éramos crianças. As respostas estão lá para nós somente se procurarmos. E, dessa forma, podemos identificar as habilidades que são realmente importantes para nós (e nossas crianças) para saber na vida.