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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

EQUIVALENCIA COM O CRIADOR


Grata Argila nas Boas Mãos do Escultor


Nós começamos a partir da quebra. Sem ela, seríamos como os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, que agem obedecendo a única força que os motiva e dirige desde dentro. Mas por causa da quebra, os atributos espirituais penetraram o desejo de receber para si mesmo em sua forma oposta.


Toda a criação avança sob a influência direta da Luz, mas o homem avança sob a sua influência oposta. Tudo isso é para que ele seja capaz de entender por si mesmo que precisa se adaptar à força que o motiva.

Quanto mais ele avança, mais sente a pressão sobre si. No final, ele tem que “se formatar” completamente, a fim de obter a forma correta. Nesse meio tempo, ele cresce gradualmente em seu desejo, de uma maneira oposta à forma desejada.

Leva muito tempo até a pessoa finalmente começar a sentir a pressão dentro dela em diferentes direções, que a molda como matéria-prima. Se ela tenta aumentar a sua sensibilidade, ela sente como o Criador trabalha nela. Não importa quais atividades externas ela tenha, há toda uma vida na qual ela tenta constantemente sentir como o Criador lhe pressiona em todas as direções através de diferentes sentimentos. É como uma mãe que está constantemente ao lado de seu filho, dizendo-lhe o que ele deve ou não fazer, corrigindo todas as suas ações. Da mesma forma, a pessoa sente constantemente dentro de si como o Criador age sobre ela, como se ela fosse algum pedaço macio de argila nas mãos de um escultor, empurrando-a suavemente, mas firmemente deixando-a sentir a sua pressão. Mas ela tem de querer essa pressão.


É um pouco difícil e desagradável, mas, por outro lado, a pessoa compreende que o trabalho que está sendo feito sobre ela não pode ser interrompido e ela quer continuar. Este é o sentimento inicial da pessoa que começa a sentir dentro de si o trabalho real do Criador sobre ela.

Nós podemos sentir essa doação dentro de nós, porque após a quebra há diferentes forças e influências dentro de nós, como uma cópia das ações espirituais. Estas são ações potenciais que existem na alma geral que queria realizá-las a fim de doar. Mas, após a quebra, tudo se tornou “para receber”, e agora ela existe em nós na forma oposta, egoísta. Mas é graças a isso que podemos identificar a obra do Criador em nós.

É por isso que o comportamento da pessoa torna-se oposto às ações do Criador. Há um conflito: a resistência do lado da pessoa, do lado de sua argila, e a pressão do lado do Criador. Assim, eles se chocam e a pessoa sente a pressão e o choque como o Criador tentando lhe mostrar o que está errado com ela.

No final, ela começa a justificar a pressão interna e vai junto com as ações do Criador, desejando-as, como um cavalo que obedece ao seu cavaleiro. Ela sente o comando como a revelação do amor e o justifica. Assim, ela adquire fé e se conecta ao Criador.

Ela se move para o lado do escultor. Embora ela ainda sinta dores, estas são sentidas na argila, enquanto ela já se identifica com a intenção, com quem cria todas as formas nela.

Ela se conecta à mão do artesão que a cria e esculpi. Ela realmente quer que o artesão a afete assim, e cada vez mais anseia por ele, até se aderir às ações do superior. Eles se aderem no mesmo movimento, na mesma intenção, e o sofrimento se torna um prazer.

Todos os sofrimentos que a argila sentia desaparecem e a pessoa se encontra acima disso, em sua intenção, e vê que a argila não tem sentido. Ela concorda com a obra do Criador sobre si e entende que “somente o bem e a graça devem me perseguir”. Ela se eleva acima dos seus sentimentos e se adere à intenção do Criador, à atitude do Criador, e chega à adesão completa com Ele.

Morte: A Taxa para o Desenvolvimento do Egoísmo 

O puro desejo sem intelecto representa uma forma original que é derivada da raiz. Se o desejo se esforça apenas em se manter sem outros desejos, ele é chamado de “inanimado”. Ele não muda, mas sempre quer por todos os meios preservar totalmente a sua existência do jeito que ela é, e sempre resiste a qualquer tipo de modificação. É por isso que é chamado de “morto”.

Por um lado, é a força mais poderosa que mantém a matéria inanimada em sua forma e como é inanimada, é mais forte do que qualquer outra coisa. Por outro lado, tem um déficit, porque não se desenvolve por completo, nem cria qualquer forma avançada!

A planta não possui tanta força por auto-preservação como a matéria inanimada; ela é mais fraca. Mas tem uma adição: ela é capaz de mudar! Ela se desenvolve, altera e cresce. Por outro lado, ela ainda não pode permanecer eterna; é por isso que “adquire” vida e morte.

Não há escolha, há um preço pela oportunidade de continuar a se desenvolver. Se você não possui firmeza de pedra, mas sim se permite mudar, você vai de ponta a ponta, da vida à morte, não há outra opção. Em outras palavras, o nosso desenvolvimento acontece à custa da imortalidade.


Para uma pedra sem vida, a vida e a morte são iguais. Para uma planta, a vida e a morte são diferentes já que as plantas podem sentir a vida. Esta é a raiz de qualquer sensação, prazer e aflição, um contra o outro.

Os animais estão muito mais longe da natureza inanimada; eles passam por mudanças dramáticas e experimentam um enorme crescimento. Eles adquirem um intelecto superior que acompanha seus desejos; por isso, durante o processo de desenvolvimento, os animais adquirem formas diversas. Naturalmente, os animais são sujeitos a uma série de influências externas e internas. Em comparação com o nível inanimado e até mesmo o nível vegetal, os animais têm uma organização muito mais complexa. É claro, os animais sentem sua mortalidade muito fortemente como a diferença entre a vida e a morte.


A capacidade adicional de usar o intelecto para a análise constitui uma distinção entre os seres humanos e animais. Em oposição a um animal, a pessoa desenvolveu-se na medida em que reconhece o “tempo” em seu cérebro: passado, presente e futuro. As pessoas podem aproximar o tempo, incluindo-o no desejo. De repente, nós começamos a invejar alguém que viveu há mil anos atrás ou alguém que vai nascer daqui a 200 anos.

Nós observamos que no nível humano, o intelecto aumenta o desejo. O trabalho do intelecto sobre o desejo está diretamente relacionado à Luz; na verdade, é o único trabalho que nós fazemos. Quanto mais trabalhamos no esclarecimento e expansão dos nossos desejos, mais avançados nos consideramos em relação ao nosso passado, os estados subdesenvolvidos: os subníveis inanimado, vegetal, animal e falante dentro do nível humano.

Naturalmente, os seres humanos sentem a vida e a morte, a Luz e as trevas, ainda mais fortemente. Nós nos tornamos mais dependentes, delicados, sensíveis e restritos. Mas este é o pagamento pelo nosso desenvolvimento.

No momento em que o nosso desenvolvimento nos níveis simples (inanimado, vegetativo, animal e falante) está completo, nós nos aproximamos do nível do Criador, onde ganhamos novos sentidos, um tipo diferente de inteligência e uma força alternativa de desenvolvimento, todos os três componentes juntos, os quais não tínhamos antes.







1. Da Lição Diária de Cabalá 06/01/12, O Zohar
2. Da Lição Diária de Cabalá 02/01/12, Escritos do Rabash

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O EFEITO CONSUMIDOR


A globalização da econômia significa que qualquer mercado local está ligado à econômia global. A progressiva queda do dólar, ultimamente estimulada pelas mudanças no Mercado da china claramente demonstra como os mercados do mundo tornaram-se interdependentes.

Temos que descobrir a maneira certa de agir dentro de um sistema interconectado – e que melhor exemplo a estudar do que a natureza, a mãe dos sistemas integrais e perfeitos?

Eles quase Acertaram em Cheio

Myron Scholes e Robert Merton tinham tudo que os cientistas poderiam desejar: Um prêmio Nobel em economia, títulos de professorado nas universidades mais prestigiadas e famosas... Mas tudo isso esvaneceu quando uma oportunidade surgiu nos anos 90. Um corretor veterano e bem conhecido ousou a dupla - colocar sua genialidade em prática e fazer muito dinheiro.

Scholes e Merton estavam certos que jogar com o mercado era como jogar dados: você pode facilmente medir a propabilidade cada e toda ocorrência. Seu plano a prova de erros era primorosamente predizer o mercado através de estudos estatísticos.

Os dois cientistas formaram um grupo de distintos professores matemáticos e econômistas. Então, junto com seu ambicioso corretor, estabeleceram um fundo privado de proteção (um fundo de investimento que objetiva lucro sobre as condições do mercado). Acabaram chamando-o de Gerenciamento de Capital a longo termo ou “LTCM” (acrônimo em inglês para Long Term Capital Management). O fundo desenvolveu uma política de investimento baseada em modelos matemáticos, seu quartel general foi estabelecido em um suburbio luxuoso próximo à Wall Street, e os negócios começaram a girar.

Em poucos quatro anos, o fundo tornou-se a inveja de cada bancário e comerciante da Wall Street. Tubarões do mercado de trocas não acreditavam nos seus olhos enquanto o fundo rendia um retorno chocante de 40% por ano, sem perdas ou flutuações. Parece que os cientistas haviam descoberto uma fórmula mágica, indentificando padrões num mundo imprevisível. Em outras palavras, eles encontraram uma forma de fazer muito dinheiro.

Mesmo os investidores bancários mais céticos estavam impressionados pelo grupo. De fato, eles estavam tão enfatizados que ofereceram-se a alavancar o fundo com um crédito de $100 bilhões sem mesmo perguntar pelas garantias comuns. O fundo foi financeiramente ligado a cada banco de Wall Street e montou uma corrente embaraçada de conexões onde cada ligação afetava a corrente.

LTCM parecia invencível até que numa noite fatal, em setembro de 1998, quando a bolha, de repente, explodiu. O desastre começou quando um evento que parecia ser inocente: a desvalorização da “Thai baht” (moeda tailandesa). Ele despertou uma venda de estoque sobre os mercados Europeus e Asianos, e a bola de neve continou rolando até, eventualmente, alcançar a LTCM. O fundo sofreu um colapso total, causando desgaste sem precendenes para vários sistemas economicos do mundo.

Parecia que o Mercado estava rapidamente conduzindo-se a um ponto sem fim! Num passo dramático, Alan GreenSpan, o legendário presidente da Reserva Federal dos EUA, reuniu as cabeças de cada grande banco de Wall Street e Europa para um encontro de emergência, de portas  fechadas. Finalmente, somente as rezas dos economistas e uma decisão cara para resgarar a LTCM conseguiu salvar o mundo de uma crise econômica profunda.

O Colapso é Contagioso

O atual declínio do dólar é reminiscente da situação que levou ao colapso do LTCM. Embora o dólar tenha estado numa queda espiral por algum tempo, a queda mais dramática no seu valor foi estimulado por uma mudança na política da China. China, pragmaticamente preocupada com a sua própria economia, começou a desviar-se do dólar e diversificou os seus investimentos. Enquanto os ecos desta decisão reverberaram através do mundo, países como a Arábia Saudita, Coréia do Sul, Venezuela, Sudão, Irã e Rússia começaram a considerar um desvio do dólar para poder proteger os seus bens.

Uma tendência similar desdobrou-se durante a recente sub-crise de financiamento de hipotecas (financiamento dado para mutuários instáveis) que começou nos EUA e espalhou-se pelo mundo. Os efeitos desse fiasco estão longe de acabar. A fusão afetou o mercado de valores, bancos, fundos de proteção e companhias pelo mundo inteiro. As maiores ondas de choque foram sentidas na Europa, Ásia, Canadá e Austrália. A crise também afetou muitas corporações, manufaturas, companhias de marketing e mesmo empresas de alta tecnologia.

Várias vezes, a sensação de uma crise econômica global ressurge. Todas as tentativas para predizer as tendências econômicas provaram ser fúteis. Hoje, a questão que vale um milhão de dólares é: Como estabelecer um sistema econômico realmente viável e estável?

Os Sistemas entre Nós

A resposta, diz a sabedoria da Cabala, é, na verdade, bem simples. Melhor de tudo, você não tem que ser um brilhante economista para descobri-la. No entanto, você tem que entender que nós e tudo que fazemos, incluindo a economia, tem que seguir as leis do sistema universal que chamamos de Natureza.

Cabalistas explicam que o plano da natureza é trazer todas as suas partes, incluindo nós, à perfeita unidade. No sistema da sociedade humana, essa unidade significa que o trabalho de cada indivíduo beneficia o todo.
O melhor exemplo de tal comportamento é o das células de um corpo vivo – elas estão interligadas e concedem uma à outra para poder beneficiar o corpo como um todo. Nesse perfeito sistema, o corpo fornece a célula tudo que necessita e a célula está totalmente dedicada ao bem estar dele. No seu artigo, “Construindo a sociedade futura,” O cabalista Baal HaSulam escreveu que “...cada membro é obrigado pela natureza a receber seus ou suas necessidades da sociedade, e também beneficiá-la pelo seu trabalho ou dela.”

Os sistemas artificiais que estabelecemos na sociedade humana estão em completo contraste ao plano da Natureza. No centro do comportamento humano está o Ego, que coloca esses sistemas em movimento. Nossos egos preferem o interesse pessoal, que constringe, ao invés do benefício do todo e advoca a busca pela riqueza, honra e controle, mesmo (ou especificamente) à custa de pessoas.
Tudo isso produz uma relação direta com a economia. No nosso sistema econômico baseado no ego, interesse próprio de capitais e acionistas são as prioridades das companhias. Mesmo quando elas contribuem à comunidade, uma pessoa não consegue entender se tal ato não é, de fato, um desejo básico de glorificar seu nome na mídia por mais publicidade e uma reputação polida.

Globalização + Ego = Sem Saída

Após milhares de anos de desenvolvimento egoísta, finalmente nos encontramos num canto sem saída – o quanto mais tentamos nos beneficiar de cada ser, mais descobrimos a nossa conexão para com o próximo, como se fosse células num corpo vivo, descrito acima.

O colapso da LTCM há uma década, na recente crise de crédito, e o atual declínio do dólar demonstra como interconectados nossos sistemas são.A mínima flutuação num mercado local pode colocar todo o mercado global em turbulência.

Mas é que cada ação que realizamos como consumidores afeta uma grande escala de outros sistemas. Assim como o “Efeito Borboleta”, metáfora para o caos matemático, “O efeito consumidor” funciona da mesma forma.

Quando Rebecca da Filadélfia realiza compras no shopping da vizinhança, ela, de forma significante, afeta
as vidas de muitas pessoas pelo mundo. Os produtos que ela compra podem determinar se uma fabrica vai continuar a operar, se uma família vai ter de se deslocar e se uma criança será salva da fome. Quando Dan, de Charlottesville, muda os canais da sua televisão, em casa, ele afeta o Mercado de propaganda. Um botão do controle remoto pode afetar os empregos e vidas de milhares de pessoas.

A globalização deixou nosso mundo tão frágil que uma mínima rachadura pode causar uma quebra total. Eventos locais como a crise hipotecas nos EUA, um desastre natural, um ataque terrorista e tensão militar no Golfo Pérsico diretamente afeta preços das mercadorias internacionais e ameaçam a estabilidade econômica.


A   Solução

“E o assombro sobre isso é que a Natureza, como um juiz proficiente, nos pune de acordo com o nosso desenvolvimento, já que os nossos olhos podem ver, que o quanto mais a humanidade se desenvolve, maior é a dor e o sofrimento de conseguir manter nosso sustento e economia.

Baal HaSulam,
"A Paz"

A sabedoria da cabala nos fornece uma perspectiva muito ampla acerca da nossa situação. Ela explica que somos como crianças numa caixinha de areia chamada terra. E a natureza está nos desenvolvendo gradualmente, muito similar aos pais que ensinam os seus filhos – o quanto mais crescem, mais devem ser completos.

Cabala explica que a humanidade está vivenciando dois processos paralelos. Por um lado, a natureza está nos forçando a unos unir e trabalhar como um corpo. Por outro, o egoísmo da humanidade está crescendo constantemente, e o fato desses dois processos estarem acontecendo ao mesmo tempo não é uma coincidência.

De uma forma ou de outra, a humanidade terá que inverter seu egoísmo e trabalhar como um corpo. Mas, ao invés da natureza nos forçar a essa mudança, cabalistas sugerem que nós mesmos devemos ter controle sobre o processo e dominá-lo.

Cabalistas explicam que através dos sistemas de educação podemos elevar a consciência das pessoas que a humanidade é como um corpo multicelular, e que nós todos estamos unidos. Ao aprend”er o sistema total da natureza e seus princípios, pessoas entenderão quais mudanças devem programar nos nossos sistemas sociais para poder equilibrá-los com a natureza.

Ao agir de acordo com a natureza, nós vamos prosperar em cada área das nossas vidas, incluindo a economia. Felizmente, já temos a ciência que explica o plano base da natureza. É chamado de “A sabedoria da Cabala".

Fonte - Jornal Kabbalah Today:

Imagens:
http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2011/07/uma-historiazita-sobre-premios-nobel.html
http://www.nicoledextras.com/files/gimgs/11_3-ego.jpg
http://rscoelho.blogspot.com/2011/10/ocupar-wall-street-michael-moore.html
http://www.programanegocios.com.br/?p=noticias&id=22

http://www.globalsherpa.org/globalization-globalisation

domingo, 1 de janeiro de 2012

PROGRESSO ESPIRITUAL: Esperar não vai ajudar


Somente a força que eu desenvolvo diante de mim para me atrair à doação é um sinal de avanço espiritual. Às vezes, nós não entendemos o que está acontecendo. Por que não há nenhum avanço se tanto esforço foi aplicado? Nós estamos neste caminho há muitos anos, mas ainda não conseguimos terminar o período de preparação. O que mais é exigido de nós?


E nós não entendemos que temos esperado todo esse tempo por algum tipo de força, que venha e nos empurre, em vez de usarmos nossas próprias ações para criar a força que nos atrai para a frente em vez de nos empurrar por trás. Nós aproveitamos esta motivação do ambiente para avançar devido à grandeza da meta, da doação.

Este é todo o nosso trabalho, a liberdade de escolha, anulando a nós mesmos e elevando o ambiente. Tudo ocorre para sermos inspirados pela meta e elevá-la. Não basta eu me juntar a isso. Eu preciso de uma força muito poderosa de atração que possa sobrepujar o meu ego e me fazer girar em torno deste objetivo dias e noite, de modo a perder o sono por isso.


Se eu conseguir criar uma força tão grande e atraente, eu vou seguir em frente. Este é o nível humano, ao contrário de todas as etapas anteriores. Este não é um desenvolvimento natural que vem da natureza e acontece por si só. Os sofrimentos não vão ajudar aqui; eles não vão me impulsionar para frente. Apenas meus próprios esforços e a concentração de forças, utilizando todos os conselhos dos Cabalistas e todos os meios que irão me influenciar e inspirar a grandeza da meta me ajudará a seguir em frente para que eu corra em direção a ela.

E a meta é a doação, em direção à qual eu vou sem quaisquer outros cálculos, metas ou recompensas, nada, exceto a doação pura.

Os Nomes Sagrados Da Doação

A que se refere os nomes do Criador e como podem ser atingidos? As Luzes, que entram nos desejos e os preenchem, evocam a sensação no desejo do tipo de realização que elas são - o nível de equivalência do desejo em relação à Luz, o Criador. Elas são referidas como os nomes sagrados do Criador.

Parte do desejo de receber prazer torna-se “sagrado”, o que significa que se é capaz de trabalhar em prol da doação, e é por isso que se torna preenchido com a Luz de Hassadim ou mesmo a Luz de Hochma. Estes desejos tornam-se semelhantes ao Criador.

O próprio Criador não tem um nome. O Criador é um HaVaYaH completo e perfeito preenchido com a Luz do Infinito. Mas não há nomes no mundo do Infinito porque os nomes representam certa limitação: “bondoso”, “misericordioso”, etc. É por isso que o Criador não tem um nome.


Todos os Seus nomes sagrados são diferentes formas nas quais nós O percebemos de acordo com o grau de nossa correção. É semelhante a suas características individuais, com as quais eu percebo você: você usa óculos, você se veste bem, você é um pai, um engenheiro…

Em outras palavras, eu lhe dou diferentes nomes ou definições, mas eu não lhe conheço na realidade. Eu só reconheço certa particularidade em você o tempo todo, em relação a certa qualidade específica. É assim que a realização do Criador acontece – por meio de Seus “nomes sagrados”, as diferentes formas de doação, que nos aproximam Dele.

Mas quando nós corrigimos todos os nossos “620 desejos” e os transformamos em desejos de doar, eles se tornam 620 nomes sagrados, e nós finalmente O alcançamos através de sua coletividade. E quando nós combinamos todos estes nomes em um nome, como está escrito: “E virá o dia em que Ele e Seu nome serão Um” – nós realmente alcançaremos o Criador.





Da 1ª parte da Lição Diária da Cabalá 24/11/11, Escritos do Rabash, “
 Lição Diária de Cabalá 28/12/11, Publicado em 30 de dezembro de 2011.