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domingo, 19 de janeiro de 2014

E FOI-SE A NOITE E FOI-SE A MANHÃ

"E foi-se a noite", estende-se da escuridão de Malchut. "E foi-se a manhã" se estende a partir da luz, de Zeir Anpin. "Um dia", indicando que a noite e a manhã são um só corpo, e ambos fazem o dia. Para saber que não há dia sem noite e nem noite sem dia, e eles nunca se separarão um do outro. É impossível ter a luz do dia sem que a escuridão da noite se preceda. Da mesma forma, nunca haverá a escuridão da noite sem que haja a luz do dia em seguida, uma vez que eles nunca estarão um sem o outro. Luz e escuridão produz um único dia. O dia começa com a escuridão. Quando a escuridão começa, contamos o início do dia.

Após as restrições e a quebra, o sistema de [cascas] Klipot surge, o lugar de BYA divididos em dois discernimentos. De sua metade e acima havia BYA Kedusha (santidade), e a partir da metade para abaixo se tornou a seção permanente da Klipot. Em conseqüência, neste mundo, um homem não sente falta pela espiritualidade. Quando ele começa a sentir a escuridão da noite, que ele está distante do Criador, ele já começa a acreditar na existência do Criador, caso contrário, de quem ele está distante?

Tudo isso é resultado da iluminação de longe, que brilha para ele, e, na medida, que ele sente que está distante do Criador. Acontece que o sentimento das trevas começa quando há iluminação. Como a luz do dia é reconhecida somente pela negação, que se sente a falta, e não se sente a Luz do Criador, a Luz que ilumina a sua falta, agora então começa a sentir que lhe falta a luz do Criador, chamado de "dia". Mas para aqueles para quem a luz do dia não brilha, não sabem que há uma falta para a Luz do Criador, chamada de "dia".

O Criador causa sua escuridão, para que ele se preocupe com a espiritualidade. Por enquanto, o Criador tem tido piedade dele e ilumina o discernimento do dia, começando com a noite. Quando o dia começa a brilhar em seu coração em forma de escuridão, isso é chamado "o começo da subida do dia." O Kelim então começa a se formar dentro dele, na qual a luz será capaz de brilhar de forma afirmativa, essa é a Luz do Criador, é quando ele começa a sentir o amor do Criador e o sabor da Torá e o gosto da Mitzvot.



No entanto, se já tiver sido concedido um pouco de "dia" na forma negativa e sente que sua vida inteira depende da adesão (Dvekut) com o Criador e começa a se atormentar por ter sido afastado do Criador, ele de repente cai em um estado de baixeza, de paixões bestiais.

Quando a pessoa começa a trabalhar no sentido de doar, a questão da superficialidade: "O que você quer dizer com este serviço? Porque que são os seus trabalhos? "Quando uma pessoa começa a refletir que talvez ela esteja certa, ela cai sob o seu poder. Se ele não ouví-lo, ele se fortalece no trabalho e diz: "Agora eu estou indo no caminho da verdade sem estar confuso." Ele supera e se torna feliz.

O verdadeiro caminho é ir acima da razão, na fé, o oposto do saber, que o corpo entende. Sempre achando que ele não tem outra escolha a não ser acreditar acima da razão.

Quando ele sente um pouco de gosto no trabalho ele não o toma como apoio, para então não precisar da fé, já que ele tem alguma base, pois senão ele seria imediatamente derrubado de seu grau. Quando se toma cuidado para não substituir a fé com a base do conhecimento, mesmo que por um minuto, ele é feliz por não tomar o caminho dos pecadores.








Resumo do artigo n º 36, 1984-1985

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

VIDA SIGNIFICA APROXIMAR-SE DO AMOR

Em vez de se agarrar ao princípio “Não Há Outro Além Dele”, o meu pensamento depende de diferentes fatores que eu vejo diante de mim. Ao invés de olhar para frente para ver além das pessoas, além do mecanismo, além de todos os fenômenos naturais, e para ver apenas o Criador e eu, como um míope, olho para os objetos que estão perto de mim e os vejo como os fatores de que depende a minha liberdade. Assim como Dom Quixote, eu luto com moinhos de vento, “cenários” sem vida.


Como resultado, o Criador tem que intensificar o mal e os sofrimentos, de modo que eu tenha que dar uma olhada melhor no que depende a minha vida. Ele faz isso para que eu não seja capaz de parar esta busca.
Assim, as pessoas são obrigadas a ser um pouco mais inteligentes, a fim de ver com quem estão lidando e quem está gerindo o mundo. Os problemas só nos lembram do objetivo, e é fácil nos livrar deles se nos dirigirmos ao Criador. Mas nós não nos dirigimos a Ele para receber “recompensas”, mas para corrigir a nós mesmos, a fim de nos aderir a Ele e dar-Lhe satisfação. Então, os atuais “lembretes” serão anulados, e o “anjo da morte” vai se transformar num “anjo santo”.
Baal HaSulam, em “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” : “Os ímpios, em suas vidas, são chamados de “mortos”. “Isto é porque a morte é melhor do que a vida, como a dor e o sofrimento que suportam para o seu sustento são muitas vezes maior do que o pouco prazer que sentem nesta vida.
Se nós não avançamos no sentido de alcançar a fonte da vida, a vida se transforma numa fuga do sofrimento. Todos os nossos pensamentos são apenas sobre como evitar o mal e o aborrecimento. Portanto, nós não imaginamos o bem como satisfação, já que não podemos nos satisfazer, mas simplesmente tentamos encontrar alguma paz entre os momentos ruins.
Como resultado, todos os prazeres que sentimos não duram mais do que um curto espaço de tempo, e por isso somos chamados de “mortos”, mesmo estando vivos, uma vez que não recebemos satisfação da fonte real da vida da qual toda a realidade e toda a criação se sustentam.
Claro, todo mundo tem suas próprias contas, e se a pessoa vê quanta dor e sofrimento ela sente, o quanto ela sofreu e que esforços fez em comparação com os poucos momentos de prazer que lhe deixou feliz e lhe trouxe alegria, então ela descobre que não valia a pena viver. Toda essa vida só pode ser justificada como uma preparação para a ascensão espiritual. Mas se ela examina a vida como é, percebe que não há qualquer nexo nela.

Agora, quando somos recompensados com Torá e Mitzvot (mandamentos), somos recompensados com a vida real feliz e alegre, ao mantê-los, como se diz: “Prove e veja que o Criador é bom”. Isto é o que aqueles que a alcançaram sentem. Então, nós podemos escolher entre o bem e o mal. Depois que recebemos a Torá, o caminho, os princípios espirituais, nós começamos a trabalhar com as duas linhas.
Isto é o que os escritos dizem com: “e você deve escolher a vida para que você e seus descendentes vivam”. Na verdade, é uma repetição: “e você deve escolher a vida, de modo que você viva”. Mas isso se refere a viver cumprindo a Torá e Mitzvot. Então, a pessoa realmente vive. “Mas a vida sem a Torá e Mitzvot é mais difícil do que a morte”.
Esta é a forma como a pessoa percebe a diferença entre a vida e a morte: a vida significa avanço espiritual, e a morte significa falta de avanço. A pessoa gradualmente entende que o avanço significa se aproximar do amor, da doação, da auto-anulação, subir acima do ego. Só isso é chamado de “vida”, sem qualquer consideração ao que sentimos em nossos desejos egoístas.




De uma Lição de Cabalá  do Dr M. Laitman em 11/12/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

quarta-feira, 4 de julho de 2012

REJEITANDO NOSSO EU ATUAL


Baal HaSulam, no artigo 208, “Trabalho”escreveu: Os esforços que a pessoa faz são apenas os preparativos para alcançar a devoção. Assim, ela deve crescer acostumada à devoção, uma vez que nenhum grau pode ser alcançado sem a devoção, pois esta é a única ferramenta que qualifica a pessoa a ser recompensada com todos os graus.


Na presente fase, a pessoa possui uma série de qualidades, mas o passo seguinte envolve um nível mais elevado de qualidades. Como nós podemos adquiri-los? Nós devemos suplicar que a Luz que Corrige nos afete, para nos corrigir, e assim nos fazer subir.

Todos os nossos esforços são feitos para despertar a Luz. Como fazemos isso? Nós atraímos a Luz tentando simular o nível mais elevado, embora sejamos totalmente incapazes de fazer isso, uma vez que ele está oculto de nós. Como podemos nos tornar um pouco semelhante a ela? Para isso, nós temos que seguir várias instruções definidas pelos Cabalistas.

Nosso próximo passo é, de fato, um esforço maior para doar, ao contrário da fase atual. Isso significa que temos que investir determinação na união com os amigos, anular-nos em relação ao grupo, e tentar sentir a melhor de nossas habilidades de que não há outro além Dele em todos os nossos problemas, impedimentos e obstáculos. Tudo é enviado para mim pelo Criador, incluindo as interferências que ocultam Sua unidade e seu poder ilimitado sobre todo o universo. Nós temos que conectar tudo o que acontece a Ele; os nossos esforços devem ser dirigidos a considerar o grupo como um mecanismo através do qual Ele se revela a nós.

Nossa determinação deve chegar a um ponto onde sentimos que nossos esforços não conseguem crescer mais forte. Isso ocorre quando nos rendemos a um estado mais elevado de modo que ele possa nos governar. Nós ainda não temos a sensação correta, nem entendemos o nosso próximo nível espiritual; tudo o que fazemos é simplesmente transmitir-nos confiança para a próxima etapa, direcionando todos os esforços unicamente para alcançá-la.

Devido a este nível de sacrifício pessoal e devoção completa, a pessoa recebe uma alma do nível superior. Nossos esforços devem ser direcionados para perceber que não há nada além Dele; nós temos que nos esforçar em revelar a Ele e Sua unicidade através da doação e da união no grupo. Deixe o superior governar nossos sentidos e o intelecto, sem qualquer menosprezo em nosso nome.

Este estado chega até nós de forma gradual, passo a passo, na medida em que atraímos a Luz que Reforma, atingindo mais equivalência com o nível superior. Da mesma forma, um feto se vira para sua mãe, permitindo que ela o alimente. Passo a passo, ele aumenta seus desejos (em nosso reino isso produz a forma de completar sua carne), mas o seu “trabalho” é recusar novos desejos ao se entregar totalmente a ela.

Repetidas vezes, ele se funde com o superior e admite que não há outro além Dele, Aquele que é bom e faz o bem, apesar de todos os problemas, dificuldades e obstáculos que a “nova carne” (desejos) despertar nele.
O feto “liga” todas as suas partes, bem como todo o mundo que o rodeia no ventre de sua mãe, à força superior, e, no final, atinge o nível de devoção e auto-aniquilação, que é chamado de “nove meses de concepção”, após o qual nasce neste mundo. O processo de nascimento é insuportável; ele é acompanhado por tremendas dores de parto (“contrações do nascimento” – tzirim) sob condições muito restritas (czar) que causam aflições incríveis (tzarot). Através de uma enorme pressão, que se origina tanto pela força superior quanto pelo feto em si, o feto ultrapassa a passagem estreita e nasce para o mundo da Luz. Durante o processo de nascimento, a criança tem que “abaixar a cabeça” completamente, virar de cabeça para baixo. Então, quando termina o processo de nascimento, ela levanta a cabeça novamente.

Tudo isso é resultado dos nossos esforços. Nós temos que perceber que nunca alcançaremos o próximo passo sozinhos; portanto, nossa tarefa é atrair a Luz que Reforma para que ela produza mudanças essenciais em nós e, como consequência, nos prepara para a próxima etapa.

Portanto, o nosso trabalho é realizar ações que efetivamente atraiam a Luz que Reforma. Agora, nós estamos falando de nossa união. Ao nos esforçarmos na conexão entre nós, nós aumentamos a sua importância com a ajuda da Luz. Ao mesmo tempo, a Luz nos mostra que não somos ainda capazes de nos unir. A força que nos inspira a unir conflitos com situações desagradáveis nos impede de alcançar a união, reconhecendo que não há outro além Dele. Nós continuamos a pensar: “se não for eu, então quem?”. É assim que nos aproximamos do ponto crítico que nos permite “nascer de novo” em cada nível.








Estrato da Palestra do Dr Laitman em New York Jun/2012- Publicado em 29/06/2012  no: www.laitman.com.br


segunda-feira, 30 de abril de 2012

PALESTRA "ESTUDO DA SABEDORIA DA CABALA"


O Presidente e Fundador do Instituto Bnei Baruch, organização que promove o estudo da Sabedoria da Cabala, Dr. Michael Laitman, estará fazendo o book tour em São Paulo para o Congresso Latino Americano de Cabala e realizará uma palestra ao Grande Oriente Paulista em Sessão Branca da ARLS “PHOENIX”, apresentando também o lançamento do livro Zohar na versão em português. 

O Dr. Michael Laitman (currículo anexo) é um pensador global dedicado a gerar uma mudança transformadora na sociedade através de uma nova educação global, que ele vê como a chave para resolver as questões mais prementes do nosso tempo. Sua visão para resolver a crise global em todos os níveis, incluindo a educação, as alterações climáticas, fome, e todos os problemas sociais e econômicos, envolve a implementação de um novo programa de educação em nível global e integral. Dr. Laitman partilhou recentemente os princípios deste novo paradigma educacional e os benefícios de colaboração, articulação global com ONU Secretário-Geral Adjunto Dr. Asha-Rose Migiro, na sede da ONU em Nova York. 

A combinação de sua formação acadêmica em ciências exatas, ciências humanas, e sua pesquisa no campo da educação fazem dele um dos mais procurados pensadores mundiais e alto-falantes no mundo.

Data:  03/05/2012 
Horário: 19:30h
Local: ARLS “PHOENIX” (Sessão Branca)
Templo Nobre “José Menezes Junior”
Rua Barão de Tatuí, 94 – Santa Cecília (Sede do GOP) 


Currículo: http://www.gop-sp.org.br/inc/admin/noticias/arquivos/1307.pdf
Fonte: http://www.gop-sp.org.br/index.php?sec=noticias&page=noticia&id=1307

domingo, 18 de março de 2012

MULHERES, SE VOCÊS APENAS SOUBESSEM...


O poder do desejo da mulher pode acelerar a mudança necessária para que o mundo inteiro atinja a perfeição, a alegria e a paz. Quanto mais a humanidade se desenvolve, mais complicada e imprevisível se torna nossa vida. E como de costume, a parte mais difícil recai sobre os ombros da parte mais bonita da humanidade. 


Segundo a Organização Mundial da Saúde, as mulheres (20-26%) são afetadas por um transtorno depressivo a cada ano, cerca de duas vezes mais que os homens (8-12%). Apesar do fato de que as mulheres tenham alcançado a liberdade, o status social elevado, e a igualdade, cada vez mais se sentem vazias e psicologicamente inseguras na vida. Ao mesmo tempo, as mulheres compõem a maior e, sem dúvida, a mais forte parte da humanidade. Na verdade, elas são a força motriz que inspira e impulsiona os homens a praticar atos heróicos e nobres. Não é à toa que há um ditado que diz, "Deus quer o que a mulher quer".

Assim sendo, o que aconteceu com estas belas inspiradoras sobre as quais numerosos poemas e canções foram escritos, e para as quais foram devotadas incríveis vitórias e conquistas? O que aconteceu com essa meiga, acolhedora e detentora do coração da família?

No entanto, não são apenas as mulheres que mudaram. "Os homens não são os mesmos”, dizem as mulheres, mães e esposas. Na verdade, o mundo inteiro não é o mesmo. Na realidade moderna, as mulheres têm que se preocupar em cuidar de coisas que nunca haviam se preocupado antes: como trabalhar e cuidar da educação das crianças, como evitar guerras e problemas econômicos, e assim por diante. Lutando para encontrar um equilíbrio entre todos estes desafios sociais e pessoais, sem sentir um forte apoio do homem, as mulheres estão se tornando mais independentes e adotando mais papéis tradicionalmente atribuídos aos homens. Às vezes elas até se esquecem de que são mulheres...

MULHER, A FORÇA INVISÍVEL QUE CONDUZ

No entanto, todo o mundo é e sempre foi dirigido pelos desejos das mulheres, porque as mulheres são destinadas pela natureza para inspirar e dar significado às vidas das pessoas que lhes são especiais. Elas estabelecem objetivos, definem as direções, elas conduzem todos os pensamentos, e fazendo isso, desenham nosso futuro em comum. No entanto, elas têm perdido a consciência do seu papel e destino e tentam fazer tudo sozinhas.

Nosso mundo é regido pelas leis da natureza, como sempre, e se observarmos atentamente, vemos que em todos os níveis de existência, nenhuma espécie de vida pode existir, ou melhor, viver ou sobreviver por si só. A existência só é possível através da complementaridade com a "outra metade". Em outras palavras, cada elemento na natureza é sempre um elemento complementar ao seu oposto, e somente juntos podem ser completos e perfeitos. Mesmo no nível vegetativo, a divisão, em partes masculina e feminina, é claramente evidente. Esta especialização é enraizada em todas as coisas na natureza, e dita que o equilíbrio pode ser alcançado somente se as duas partes, masculina e feminina, interagir corretamente uma com a outra.

Essa lei primordial vem operando em toda a realidade desde o início dos tempos, construindo o nosso mundo em uma ordem estritamente definida, garantindo que a parte "feminina" da realidade defina a direção para onde tudo está indo. O mesmo se aplica em nossas vidas; embora ultimamente, possa parecer que os papéis masculino e feminino foram misturados. No entanto, por força da própria fundação da sua natureza feminina, as mulheres (mesmo sem saber) ainda estão conduzindo o mundo através de seus desejos.

A Intuição e os instintos funcionaram razoavelmente bem até o século 20. Mas como a humanidade chegou ao auge de seu desenvolvimento egoísta, os instintos foram subjugados pelo ego e começaram a trabalhar contra nós. No século 21, o nosso ego coletivo culminou com a elevação do individualismo e do separatismo. A conexão positiva coletiva, hoje perdida, em épocas anteriores sustentava as famílias, vilas, estados e nações. Agora, vemos o núcleo da existência humana, a família, em desordem, como evidenciado pela alta incidência de divórcios, uso de drogas e depressão, que exacerba os sentimentos de vazio nas mulheres.

Este elevado e crescente vazio, que também nós estamos encontrando, já não pode ser preenchido pelas “coisas” materiais normais que costumávamos comprar ou fazer. A humanidade está começando a perceber que a única coisa que vai preencher o vazio é a realização espiritual eterna. O vazio que mulheres sentem é também a ferramenta que podemos usar para sair deste estado de vazio atual. As mulheres com seus desejos intrinsecamente guiando o mundo são a força motriz invisível e fundamental para conduzir todos nós para a realização completa e perfeita realização espiritual. O desejo das mulheres para a realização espiritual abastecerá as mudanças, que são desesperadamente necessárias para que os homens, naturalmente, cumpram a sua parte que é a de trazer o nosso mundo conturbado para a forma correta.

Então nossas partes "a feminina" e "a masculina", em perfeito complemento, irão trabalhar em completa unidade que irá transcender a todos nós para essa nova e bonita realidade!

O DESEJO DA MULHER

Se todos os desejos estão sempre mudando e assumem diferentes matizes, devo ansiar por algo específico, ou será que eu preciso fortalecer o desejo na forma mais próxima a mim no momento?
Dr. Laitman: Não, o desejo das mulheres deve ser formado em um desejo integral, coletivo e agregado das mulheres, dirigido precisamente à meta espiritual. Cada mulher deve analisar os desejos dentro de si e direcioná-los à meta ao máximo, tanto quanto for possível, em qualquer nível, em cada estado onde ela se encontra.
No entanto, após estes desejos serem basicamente formados, eles devem ser sentidos pelos homens. E os homens, sem dúvida, vão senti-los, uma vez que são construídos desta forma; eles gradualmente vão sentir o desejo das mulheres. Isto é como em uma família onde a esposa nem precisa dizer uma palavra ao marido, mas ele se sente como se ela estivesse forçando-o, como que apontando, querendo, esperando alguma coisa dele. Ele sente isso, e não vai descansar até satisfazer o desejo dela. De alguma forma ele finalmente deve resolvê-lo.
Da mesma forma, os homens devem sentir isso das mulheres, e as mulheres devem trabalhar constantemente em cristalizar nelas um desejo cada vez mais definido. ( Dr. M. Laitman - da palestra na Convenção em Moscou 10/06/11)







Traduzido de: Kabbalah Today Issue # 24 no blog:
 http://cabalaportugal.blogspot.com.br

domingo, 1 de janeiro de 2012

PROGRESSO ESPIRITUAL: Esperar não vai ajudar


Somente a força que eu desenvolvo diante de mim para me atrair à doação é um sinal de avanço espiritual. Às vezes, nós não entendemos o que está acontecendo. Por que não há nenhum avanço se tanto esforço foi aplicado? Nós estamos neste caminho há muitos anos, mas ainda não conseguimos terminar o período de preparação. O que mais é exigido de nós?


E nós não entendemos que temos esperado todo esse tempo por algum tipo de força, que venha e nos empurre, em vez de usarmos nossas próprias ações para criar a força que nos atrai para a frente em vez de nos empurrar por trás. Nós aproveitamos esta motivação do ambiente para avançar devido à grandeza da meta, da doação.

Este é todo o nosso trabalho, a liberdade de escolha, anulando a nós mesmos e elevando o ambiente. Tudo ocorre para sermos inspirados pela meta e elevá-la. Não basta eu me juntar a isso. Eu preciso de uma força muito poderosa de atração que possa sobrepujar o meu ego e me fazer girar em torno deste objetivo dias e noite, de modo a perder o sono por isso.


Se eu conseguir criar uma força tão grande e atraente, eu vou seguir em frente. Este é o nível humano, ao contrário de todas as etapas anteriores. Este não é um desenvolvimento natural que vem da natureza e acontece por si só. Os sofrimentos não vão ajudar aqui; eles não vão me impulsionar para frente. Apenas meus próprios esforços e a concentração de forças, utilizando todos os conselhos dos Cabalistas e todos os meios que irão me influenciar e inspirar a grandeza da meta me ajudará a seguir em frente para que eu corra em direção a ela.

E a meta é a doação, em direção à qual eu vou sem quaisquer outros cálculos, metas ou recompensas, nada, exceto a doação pura.

Os Nomes Sagrados Da Doação

A que se refere os nomes do Criador e como podem ser atingidos? As Luzes, que entram nos desejos e os preenchem, evocam a sensação no desejo do tipo de realização que elas são - o nível de equivalência do desejo em relação à Luz, o Criador. Elas são referidas como os nomes sagrados do Criador.

Parte do desejo de receber prazer torna-se “sagrado”, o que significa que se é capaz de trabalhar em prol da doação, e é por isso que se torna preenchido com a Luz de Hassadim ou mesmo a Luz de Hochma. Estes desejos tornam-se semelhantes ao Criador.

O próprio Criador não tem um nome. O Criador é um HaVaYaH completo e perfeito preenchido com a Luz do Infinito. Mas não há nomes no mundo do Infinito porque os nomes representam certa limitação: “bondoso”, “misericordioso”, etc. É por isso que o Criador não tem um nome.


Todos os Seus nomes sagrados são diferentes formas nas quais nós O percebemos de acordo com o grau de nossa correção. É semelhante a suas características individuais, com as quais eu percebo você: você usa óculos, você se veste bem, você é um pai, um engenheiro…

Em outras palavras, eu lhe dou diferentes nomes ou definições, mas eu não lhe conheço na realidade. Eu só reconheço certa particularidade em você o tempo todo, em relação a certa qualidade específica. É assim que a realização do Criador acontece – por meio de Seus “nomes sagrados”, as diferentes formas de doação, que nos aproximam Dele.

Mas quando nós corrigimos todos os nossos “620 desejos” e os transformamos em desejos de doar, eles se tornam 620 nomes sagrados, e nós finalmente O alcançamos através de sua coletividade. E quando nós combinamos todos estes nomes em um nome, como está escrito: “E virá o dia em que Ele e Seu nome serão Um” – nós realmente alcançaremos o Criador.





Da 1ª parte da Lição Diária da Cabalá 24/11/11, Escritos do Rabash, “
 Lição Diária de Cabalá 28/12/11, Publicado em 30 de dezembro de 2011.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Educação Espiritual

O estado do mundo, como todos nós sabemos, está mudando. Mas não perca as suas esperanças – no método cabalístico, os pais  ensinam suas crianças a dar amor, e, no processo, lembrar o que esqueceram há tempos.

 

A Educação espiritual (cabalística) tem sido o coração da nossa nação desde o seu início. É por isso que os judeus são chamados de Am HaSefer (“A nação do livro”).  A formação espiritual tem sido o meio essencial para a existência da nossa sociedade; ela a construiu e foi um elemento vital dentro dela.

De fato, desde a recepção da Torá até a ruína do Segundo templo, velhos e novos, igualmente, tinham vivido em unidade e com clara percepção da força superior. Moisés estabeleceu a educação espiritual na nação, e crianças aprenderam desde cedo a conhecer a realidade baseada nas suas raízes no mundo superior. Foi dito que desde Beer Sheba no sul até a Represa no Norte, nenhuma criança era ignorante em relação à assuntos sobre pureza e impureza.

Pureza e impureza não se referem à assuntos espirituais, mas à força egoísta impura em nós, e a pura força de doação. Em outras palavras, mesmo o mais novo entre a nação sentiu altos níveis espirituais.

Uma Crise Agravante

Ainda, após a ruína do Segundo templo, a nação perdeu a sua tangível sensação da espiritualidade, embora a importância da espiritualidade tivesse permanecido bem enraizada nos corações das pessoas. 

Mesmo estando em exílio, cada criança judia sabia como ler, escrever e calcular, e foi ensinada através dos antigos escritos. A educação para unidade, estabelecida pelos cabalistas, manteve as comunidades judaicas unidas durante a diáspora.

Apesar do fato que a educação produziu grande prosperidade, hoje, a importância da educação está declinando rapidamente. Jornais estão repletos com notícias e pesquisas descrevendo a violência escolar, abuso de drogas, depressão e desorientação entre os jovens. Pessoas jovens estão indiferentes em relação a valores e parecem querer mais do que este mundo pode oferecer.

Além do mais, a crise na educação e parte de uma crise muito mais ampla – uma de proporções globais. Cabalistas explicam que esse é um processo pelo qual o ego humano está ampliado para um ponto onde a pessoa não consegue mais saciá-lo.

Outro exemplo da arrogância do ego é a “crescente diferença de geração”, que começou a acelerar no século passado. O jovem atual não consegue relacionar-se com a geração dos seus pais, e vê os adultos como fora de moda, desatualizados. Então, por um lado, nós não sabemos como educar as nossas crianças e satisfazer suas necessidades que mudam e aumentam.

Por outro lado, os jovens não possuem o meio de como comunicar-se com a geração prévia. Mais do que nunca, precisamos de um método que sirva como apoio para uma sociedade uniforme e feliz, na qual todas as partes encontram seu lugar e trabalho frente a um objetivo comum.


Leis de Doação e Amor

A sabedoria da cabala lida com a educação e a construção da sociedade como meio de atingir a força superior. Nos seus escritos, cabalistas revelam a evolução pela qual cada pessoa deve passar numa sociedade fundada na espiritualidade. Assim como cada alma recebe o que precisa do seu ambiente nos mundos espirituais, uma pessoa deve receber a educação correta em cada fase da vida dele(a).


Numa sociedade fundada nos princípios da sabedoria da cabala, nós podemos aprender, desde a infância, a apreciar a vida num nível profundo. Vamos entender que este mundo é muito mais rico do que os nossos cinco sentidos conseguem perceber. Desde cedo, nós vamos aprender através de jogos e exemplos a identificar as causas e latentes forças que controlam a realidade. Então, nós vamos conhecer as leis espirituais de amor e doação, aprender a usá-las corretamente, e poder viver em harmonia e equilíbrio com a natureza.


O Melhor Futuro

As crianças só podem implementar o que elas aprenderam após observar os exemplos feitos pelos adultos. A educação correta origina-se somente do exemplo pessoal. Um dos exemplos atuais na educação mundial é que nos comportamos de forma contraria à que ensinamos. Por exemplo, enquanto ensinamos valores altruístas como doação e colaboração, agimos de forma contrária a isso.

Tais contradições evocam confusão e desrespeito das crianças em direção aos seus pais. No entanto, num sistema de educação baseado na sabedoria da Cabala, os exemplos pessoais dos pais, de valores altruístas, estarão em harmonia com o que ensinam. A educação vai resultar da responsabilidade mutua; vai unir as gerações.

 Os pais entenderão que tal consistência vai criar o melhor futuro para as suas crianças, e cometerão a adequada conduta por causa do seu amor pela sua prole. Similarmente, as crianças estarão expostas aos valores e exemplos pessoais de doação dos seus pais e aspirarão a unir-se a eles como membros ativos da sociedade. Elas obterão seu lugar do lado dos adultos e trabalharão juntos por uma sociedade próspera.
No final das contas, uma educação espiritual vai promover a sociedade como um todo. 

Além do mais, tal tipo de criação vai mudar a vida de forma considerável. A geração jovem vai ser ajudada pela experiência adquirida pelos adultos, e usarão seus exemplos para aprender como vencer seu próprio ego quando ele estalar. Ao fazer isso, os jovens apreciarão a geração antiga e criarão uma ligação forte de amor e respeito entre eles.


A sociedade futura que os cabalistas sempre ansiaram pode ser construída através da educação espiritual, e pode ser feita hoje. É suficiente educar uma geração para “dar um chute inicial” no processo.

Isso, por sua vez, criará uma sociedade uniforme, não contaminada pela diferença de época. Ambas as gerações passada e atual vão apoiar uma a outra para que uma seja a garantia do sucesso da outra. Os velhos servirão como exemplo, e a necessidade para educar os jovens, via valores espirituais vai compelir os antigos a demonstrarem o certo exemplo. Então, eles vão complementar um ao outro e marcharão juntos frente à completa realização da realidade superior.

 Fonte das imagens:
http://www.kabtoday.com/epaper_eng/content/view/epaper/3490
http://judeusbrasil.blogspot.com/2011/03/diaspora-judaica.html
http://cabala-sintoniadiaria.blogspot.com/2010_11_01_archive.html
http://lancamentos.moderna.com.br/educacao-infantil/buriti-mirim/blog/seu-filho-ja-esta-pronto-para-usar-o-computador/
http://www.mightymemory.com/memoryarticle.html

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Congresso Internacional de ARVUT (Garantia Mútua)




Congresso Internacional de ARVUT (Garantia Mútua)


Em Dezembro próximo todos hão de se conectar
Congresso Mundial de Arvut (Garantia Mútua)


6 a 8/12/2011
Centro de Expocições - Ganei ha Taharujá, Tel Aviv
A União modifica o mundo"





O Congresso


Dia de União e Fraternidade, tempo de perguntas e dúvidas, de uma virada mundial.
Dezembro próximo será quente, muito quente.
Alunos, companheiros, homens, mulheres e crianças, de todas as partes do mundo, uma vez por ano vão a algum lugar – com o propósito de unir-se, preparar-se, ascender à próxima escala de conexão entre todos – garantia mútua.


A garantia originada na conexão conjunta em um só lugar. A conexão espiritual, que nos dá a todos a força e o poder de seguir adiante. Em pról do mundo inteiro.
Convidamos a você também.
O que haverá no Congresso?
Basicamente, estaremos ali 3 días consecutivos, entre as 9:00 AM e 22:00 horas. Nesses 3 dias, vamos dançar, estudar, cantar, fazer preguntas, conhecermos mutuamente, comeremos, conversaremos e em especial, iremos nos conectar.

O Congresso irá incluir conferências com o Rav. Dr. Michael Laitman e outros conferencistas; apresentações culturais, workshops, pausas para conexão, oficinas, mesas redondas, almoços, jantares e aperitivos durante todo o dia.
Onde?
Ganei ha Taharujá – Tel Aviv




domingo, 27 de novembro de 2011

NO CAMINHO DA CORREÇÃO


O povo de Israel recebeu a Torá, quando este grupo concordou em ser como um homem com um coração, em garantia mútua. Por causa de sua conexão, eles receberam pela primeira vez os dez mandamentos fundamentais, os “Dez Mandamentos”, o plano da nossa correção completa contra as dez Sefirot completas.

Isso significa que eu tenho que ser corrigido de acordo com estas dez leis: respeite isso, não faça aquilo, e assim por diante, ou seja, cumprir as dez condições. Então, eu começo a me adaptar a outras leis que são reveladas a mim.
Eu descubro que é como se eu construísse o “bezerro de ouro”, depois as “águas da disputa” se manifestam a mim, o “pecado dos espiões”, ou eu pudesse perder a cebola e o alho que comi no Egito. Isto significa que a pessoa descobre diferentes estados, que ela tenta corrigir. Ela deve estar imersa na quebra e sentir todos esses atributos. É por isso que a Torá descreve tantos pecados.

Assim, em vez dos detalhes das dez principais leis, nós recebemos um livro inteiro que nos dá conselhos sobre como atravesar gradualmente corrupções sempre novas e correções dentro de nós mesmos. Se você agir corretamente, a Luz que Corrige brilha sobre você, despertando-lhe, mostrando e esclarecendo vários buracos negros.
Então, você começa a entender quem você é, e você grita, tentando se conectar com os outros como um homem com um coração a cada vez. E as formas de conexão que você precisa para isso são reveladas a você.
Finalmente, você completa todas as correções, e isso significa que você cumpriu todos os “dez mandamentos” que foram esclarecidos a você através deste processo, composto de 620 correções ou “mandamentos”.
Se você concordou em se conectar como um homem com um coração, você tem que seguir em frente agora, manter essa linha, e em cada passo estar conectado como “um homem”. Assim, você vai começar a descobrir uma queda atrás da outra: o bezerro de ouro, as águas da disputa, o pecado dos espiões, e assim por diante. Cada vez você vai descobrir um problema e corrigi-lo.
Isso se chama “o caminho da Torá” ou o “caminho da Halachá” (a palavra “Halachá” vem da palavra hebraica “Alicha” ou caminhada), que é um conjunto de leis que a pessoa deve seguir. Quando você se depara com um problema e não sabe o que fazer, a Torá lhe diz como fazer a correção. Assim, você junta todo o vaso da alma coletiva.
O livro da Torá nos fala sobre o processo interno que você tem que passar, sobre esclarecimentos e correções. Se você lê este livro e sente o que ele diz, você vê o caminho.
O caminho é longo, e você ainda nem começou a avançar, mas você pode ler sobre ele, esperando que alguma correção das futuras correções brilhe sobre você. A partir daí, você receberá a iluminação chamada Luz Circundante ou a Luz que Corrige.
Isso acontecerá se você desejar todas estas correções e se você compreender o que está lendo. Talvez você esteja lendo isso como um romance histórico ou algum livro da lei. Tudo depende da sua atitude.

O mesmo ocorre quando se trata do Livro do Zohar e O Estudo das Dez Sefirot. Todos os livros dizem a mesma coisa: como revelar o mal dentro de si mesmo e como corrigi-lo. Isso é chamado de “Torá”, já que tanto a revelação do mal e sua correção acontecem graças à Luz da correção. Se a pessoa trabalha nessas correções, isso significa que ela estuda a Torá. Sem isso, ela simplesmente estuda, a fim de adquirir conhecimento árido.

Publicado em  Da Lição Diária de Cabalá 02/11/11, “O Amor pelo Criador e o Amor pelos Seres Criados

domingo, 20 de novembro de 2011

ETAPAS DE SUPERAÇÃO


Nosso trabalho em Cabala é dividido em várias etapas. Na primeira fase, a pessoa é totalmente desconectada do trabalho. Este período tem a duração de anos, ao longo da história humana. Então uma pessoa é despertada pelo Alto, e começa a sentir um desejo inicial de descobrir o propósito da criação, o Criador, o significado de sua vida, começa a crescer dentro dela. 


Ela começa a trabalhar nisso e vem para um grupo e começa a estudar. Nesse meio tempo, ela não entende o que faz. Assim como um bebê recém-nascido, ela não entende onde está, quem ela é, nem quem são as pessoas ao seu redor.

Gradualmente, ela avança para os estados mais claros e melhora sua compreensão, embora apenas como uma criança, ela faz muitas coisas bobas sem saber e sem sentir. Ela segue o conselho dos “mais velhos”, os Cabalistas, e repete o que todos os outros fazem, até que gradualmente, começa a entender essas ações.

Claramente, ela não aprende ao executar essas ações. Em vez disso, como resultado destes exercícios, mesmo que ela não saiba o que está fazendo, ela atrai a Luz sobre si mesma. Assim, a pessoa avança como um bebê que não precisa saber o que faz para crescer. Ela se desenvolve de acordo com o plano da natureza.

Mas, aos poucos, ela começa a entender como deve avançar e em que os seus esforços devem ser focados. Ela começa a entender que o avanço é contra a nossa natureza e que devemos colocar os nossos desejos de lado, não esperando o corpo concordar com o avanço espiritual. Afinal, os interesses do corpo são absolutamente contrários a ele.

Então, temos que nos aconselhar em como realizar ações que o nosso desejo não suporta e que não trazem prazer ao seu espírito. Isso é intencional, e uma pessoa enfrenta tremenda esistência interna e ela não entende o porquê. Ela não entende como é possível avançar se repele tanto o desejo. Por que deveria funcionar se ela não preenche o seu desejo de forma como tem sido até agora?

Mesmo que eu deseje avançar contra o meu desejo, eu ainda tenho a imagem abstrata de alguma recompensa, pelo menos alguma coisa. Agimos muitas vezes contra a nossa vontade no trabalho, nos esportes, na realização dos nossos deveres familiares, e assim por diante. Aqui, pelo menos, é claro para nós o que a recompensa é e por que devemos agir.

Você não vai mesmo ser capaz de levantar um dedo se você não sentir que é gratificante. Seu corpo simplesmente não teria combustível para executar a ação. Onde você poderá obter esse “combustível”?

A busca por combustíveis, o pedido para essa fonte de alimentação externa, é chamado de “a busca pelo poder da fé”. Uma pessoa não quer trabalhar com seu próprio combustível, pois será, sem dúvida, egoísta, e ela realmente precisa de alguma energia externa e motivação.

Esta busca com o apoio do grupo traz a revelação da Luz que lhe dá o poder para avançar acima de seus desejos corporais. Agora, ela avança para não encher o seu egoísmo, mas na Luz da fé que lhe permite trabalhar acima de sua vontade egoísta.

Aqui, é preciso superar constantemente seu desejo. Estes passos são chamados de “quarenta anos de peregrinação no deserto”, em que uma pessoa recebe o poder de trabalhar sem qualquer remuneração para seus desejos. Suas ações estão acima dos seus desejos e contra eles, e o resultado não vai junto com seus desejos ou porque ela não vê qualquer benefício pessoal no mesmo.

No entanto, ela pode realizá-los! Seus desejos a apóiam, apesar da resistência, que é chamada de “fé acima da razão.” Quando uma pessoa pode trabalhar dessa maneira, ela se move para trabalhar com os desejos reais, e ainda pode usá-los no poder da fé, sem qualquer benefício egoísta, mas só por causa do Criador.

Ou seja, o caminho é dividido em duas partes. Primeiro, vamos subir acima de nosso desejo de receber o chamado “deserto.” Então, começamos a trabalhar com ele e entrar na “terra de Israel”.






Lição Diária de Cabalá 15/11/2011, Escritos do Rabash
Publicado no Blog do Rav Laitman em 20/11/2011