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domingo, 3 de novembro de 2013

PORQUE NECESSITAMOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL HOJE?

Em todo o mundo, observam-se ondas de crise que “resumem” o giro do desenvolvimento atual. O que exatamente isso nos trouxe? Por um lado, as vidas de inúmeras pessoas tornaram-se muito melhor. Elas já não são tão pobres como aqueles que costumavam não ter nada, exceto suas vidas.

Por muito tempo as pessoas acreditaram no capitalismo. Em outras palavras, elas confiavam que sua motivação egoísta iria deixá-las alcançar o sucesso. Realmente, por que não deveriam melhorar a sua vida? Claro que, em seu caminho para o sucesso, elas precisavam ficar dentro de quadros rígidos da lei, dentro de limites legais concretos, ao invés de fazer um clima de permissividade total e derramamento de sangue. Cada um tem a liberdade de fazer o que quiser! Você quer entrar na produção industrial, comércio, bancos, tecnologias, etc.? Lute por isso e alcance. Como resultado desta atitude, as pessoas começaram a perseguir o sucesso e aplicaram tremendos esforços neste caminho.

Por outro lado, elas obtiveram a liberdade financeira, tornaram-se mais educadas, acumularam propriedades pessoais, começaram a viajar por todo o mundo, e se acostumaram com a abundância total. Neste ponto, elas se tornaram muito vulneráveis aos golpes do destino, ao contrário de quando costumavam ser pobres. Isso explica por que “sete anos de fome” só acontecem depois de “sete anos de abundância”. Em algum ponto no tempo, os judeus tiveram uma ótima vida sob o governo de um rei egípcio generoso que lhes forneceu as melhores condições possíveis de vida. O Faraó costumava ser um “presidente”, enquanto Yosef (José) costumava ser o seu “primeiro-ministro” que desfrutava poderes ilimitados. Nem uma palavra ruim poderia ser dita sobre qualquer um deles. Isto é como o Criador “exaltou” todo o povo de modo que ele “ganhou peso” e se tornou “obeso”. Então, o Criador começou a retirar a “gordura da abundância” do povo judeu, para que eles pudessem experimentar novas tendências na própria “pele”.


A redução da renda e a perda de capital são duas coisas diferentes. É uma sensação diferente quando deixamos de ganhar um adicional de mil dólares, do que quando perdermos apenas cem dólares que já estavam em nosso bolso. Estes infelizes cem dólares nos deixam ainda mais triste do que se deixássemos de ganhar um extra de mil, uma vez que já era nosso. Durante um mês inteiro nos lembramos da perda daqueles cem dólares, ao passo que a perda dos mil potenciais não deixa um gosto tão amargo em nós.



É por isso que hoje em dia a humanidade é elevada a um nível material muito alto. Neste momento, o “depósito de gordura” está sendo tirado de nós, camada por camada, até que a “carne” seja revelada, ou seja, até que todo o tecido corporal seja “tirado” do osso. Isso é chamado de “sete anos de fome”, que vai acabar nas “dez pragas do Egito”, durante as quais “os egípcios” vão continuar “odiando e desprezando os judeus”. Em outras palavras, a nossa oposição ao nosso próprio egoísmo torna-se insuportável para nós, e não sabemos o que fazer com isso por mais tempo. Ao mesmo tempo, sabemos que é o nosso ego que não nos permite respirar.

Hoje, nós temos tudo: estruturas bancárias, uma indústria desenvolvida, sistemas de saúde e boa educação… qualquer coisa que queiramos! No entanto, esses mecanismos agem contra nós. Os médicos e farmacêuticos estão interessados em manter as pessoas doentes para que eles possam nos alimentar com medicamentos questionáveis ou, na maioria das vezes, inúteis. A indústria e o comércio se transformaram em “instrumentos enganosos e sugadores de dinheiro”. Para encurtar a história, todos os sistemas artificiais com os quais costumamos contar acabaram por apodrecer.

Isso aconteceu apenas alguns 60-70 anos atrás. Nós pensávamos que estávamos nos aproximando do “futuro brilhante”, em que todo mundo ia ter uma casa, um trabalho, gozar de boa saúde, sair de férias e ter um plano de previdência decente. Em vez disso, quando chegamos a certo nível, os nossos desejos egoístas começaram a descer e a enterrar nossas esperanças. A classe média está desaparecendo gradualmente, e tudo está voltando aos círculos anteriores: elites no topo e bilhões de pessoas famintas na parte inferior. Isto é o que sete anos de fome parecem.

Como pode ser? Onde está a lógica? As elites devem ter medo que este cenário cause grande tumulto e distúrbios. Os pobres vão fazer perguntas e será impossível detê-los. Além disso, a classe alta não será capaz de parar de sugar tudo do seu povo, não vai deixar nada para eles, e isso vai levá-los à completa pobreza. O egoísmo não vai permitir que a classe superior mude o seu comportamento porque este é o programa que está enraizado nela.

Em seu próprio caminho para a riqueza, bem como durante sua queda na pobreza, a pessoa mede e avalia suas perdas. Pessoas que estavam no topo e depois caíram, irão pensar muito sobre o que realmente aconteceu com elas. Enquanto elas pensam sobre suas vidas, de repente, vão ver: “O nosso egoísmo nos devorou. Nossa própria natureza é o nosso inimigo. Ele não nos permite viver bem. Se não corrigirmos nossa natureza, estaremos totalmente perdidos”.



Mesmo a elite que vai sobreviver e vencer as batalhas do capital vai se sentir dessa maneira. Digamos que apenas uma centena de vencedores vai sair do inferno das lutas pela sobrevivência. Eles vão “dobrar” os outros. Não haverá quaisquer elos de transição alimentando as camadas intermediárias da sociedade. Futuros mecanismos de governo farão a transição para um espaço virtual. No final, cada um vai fazer uma pergunta importante: “O que eu faço agora?” Eles vão ver que seu egoísmo destrói fronteiras, enlouquece, e faz o que quer. Nossa natureza nunca nos permitirá obter o equilíbrio.

É tão óbvio! Não basta distribuir parte de nossos rendimentos aos pobres e apoiar a sua subsistência? No entanto, mesmo a maior assistência caritativa desaparece sem qualquer traço, como na África. Não importa o quanto nós dispensemos aos necessitados; nunca sobra nada e nunca é o suficiente. Suas necessidades apenas continuam a crescer. Este é o ponto em que as pessoas vão começar a gritar sobre o mal que será revelado nelas, quando entenderem que não podem lidar com o seu egoísmo. É como se uma cobra rastejasse dentro de cada um de nós e agora nos come por dentro, como um tumor canceroso que não pode ser tratado.

Este é o cenário de como o mundo externo irá se desenvolver. Não temos o direito de sentar e esperar que isso aconteça. Nós temos que finalmente notificar as pessoas sobre a metodologia de correção, e isso deve feito imediatamente. Nós estamos nos esforçando para fazê-lo. Nós aceleramos o tempo e nos desenvolvemos em conjunto com o Criador, com o grupo, com o exemplo do que temos que finalmente alcançar. Nós sabemos de antemão o que o nosso desenvolvimento vai nos trazer: unidade, a aspiração de ajudar uns aos outros a aprender a amar o nosso próximo como a nós mesmos, a distribuição igual que se baseia na educação integral. Nós montamos este ideal e constantemente aspiramos a isso.

Assim, além dos problemas que nos empurram por trás, nós temos mais uma força que nos puxa para frente. Mesmo que os golpes no futuro sejam muito fortes, nós temos um transporte de energia adicional que nos atrai para frente. Nós temos conhecimento, aspiramos a nossa missão e buscamos o nosso objetivo. Nós estudamos a imagem que está na nossa frente e ela começa literalmente a florescer e acelerar o tempo.

De uma forma ou de outra, todo mundo vai, no final, perceber que o egoísmo é mal e vai nos matar. Isso vai se tornar tão óbvio que tudo o que vamos ter que fazer é cavar nossos próprios túmulos. Afinal de contas, não podemos ir contra a natureza, a menos que utilizemos a metodologia da correção que é criada especialmente para isso.





 Da 4a. Parte da Lição Diária do Dr M.Laitman - Escritos do Rabasch - ,


sábado, 24 de agosto de 2013

DA OBSCURIDADE – PARA O MUNDO DA VERDADE

NÃO HÁ FELICIDADE NA VIDA DO FACEBOOK

Nas Notícias (da Universidade de Michigan): “O uso do Facebook prevê um declínio no bem estar subjetivo, em vez de reforçá-lo, mostra um estudo da Universidade de Michigan”…

“‘Superficialmente, o Facebook fornece um recurso inestimável para preencher a necessidade humana básica de conexão social’, diz o psicólogo social da UM Ethan Kross, autor principal do artigo e professor no Instituto de Pesquisa Social da UM (ISR). ‘Mas ao invés de melhorar o bem estar, nós descobrimos que o uso do Facebook prevê o resultado oposto: ele o prejudica’”…

“O estudo descobriu que quanto mais as pessoas usaram o Facebook durante um período de tempo, pior se sentiram posteriormente. Os autores também pediram às pessoas para avaliar o seu nível de satisfação com a vida no início e no final do estudo. Eles descobriram que quanto mais os participantes usaram o Facebook durante o período de estudo de duas semanas, mais os seus níveis de satisfação com a vida diminuíram ao longo do tempo.

“O mais importante: os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de que interagir diretamente com outras pessoas via telefone ou face-a-face influenciou negativamente o bem estar. Em vez disso, eles descobriram que as interações diretas com outras pessoas levou as pessoas a se sentir melhor ao longo do tempo”.

Todo o processo do nosso desenvolvimento visa nos levar à desilusão completa e a uma compreensão da necessidade de unidade: é impossível se comunicar no velho e no novo modo, para que possamos nos dirigir ao novo tipo de conexão e interação – espiritual (doação e amor).


DA OBSCURIDADE – PARA O MUNDO DA VERDADE

Isso parece paradoxal, mas se olharmos para este mundo a partir do mundo espiritual, não há nada mais natural do que a conexão de tudo num todo e com o Criador. Este é um sistema único e estável que se encontra em harmonia, em equilíbrio permanente, num estado ideal, onde tudo se encontra em interação, preenchendo os outros e sendo preenchido pelos outros. Este sistema torna-se um corpo totalmente saudável, física e mentalmente.

Informação, matéria, energia, percepção, consciência, tudo isso existe em harmonia absoluta. Portanto, este sistema é eterno: não existe o conceito de tempo, não há mudanças. Em outras palavras, existe a vida eterna e os eventos acontecem com regularidade especificamente para revelar a profundidade infinita dessa conexão.

A própria conexão é permanente, o sistema é permanente, e a Luz é encontrada em repouso absoluto e preenche toda a criação. Nós nos encontramos nela em constante movimento, do menor ao maior preenchimento. E o êxtase mais importante é a percepção da harmonia e plenitude do sistema, e é isso que é chamado de percepção do Criador.

Portanto, o nosso mundo é compreendido desde lá como um pequeno mundo feio, que existe sem escolha, porque o Criador obriga-o a existir, embora a criatura pareça tão desprezível que não tem o direito de existir. Esta criatura existe especificamente para isso, que ao negar a sua perversão, ela vai subir e alcançar a eternidade e plenitude. No entanto, é difícil fazer isso, porque nós não vemos nada contra esta perversão.

Mas, se nós víssemos isso, perderíamos a liberdade de escolha, e com toda a nossa força correríamos somente para lá, sem nos importar com nada. Nós bateríamos todo o nosso corpo no muro, na barreira que nos separa, só para chegar lá ou desaparecer.

Para isso nos foi dada a ocultação, de modo que construíssemos a partir de nós mesmos o modelo do mundo ao qual aspiramos, com uma ligação entre nós, com a nossa relação com o outro, com nós mesmos, na relação do nosso grupo geral com toda a humanidade, com a natureza inanimada, vegetal e animado.

Nós rogamos por isso neste mundo, imaginando-o como um reino, como num jogo de crianças, e tentamos criá-lo entre nós, apesar de todas as coisas que nos são dadas aqui. Nós queremos entrar neste estado imaginário e aparentemente anormal; se entendermos o quão longe isso está da nossa existência atual, vemos que isso é contrário a toda a lógica, à nossa natureza, ou seja, à nossa inteligência. Isso precisa ser algo totalmente diferente.

Continuamente a humanidade tenta entender como, apesar de tudo isso, é possível fazer alguma coisa, mas no final, resulta em algo pior. O ego ainda nos esmaga e nos mostra que talvez tenhamos conseguido o que queríamos, até que descobrimos o significado de tudo o que está acontecendo: Para que serve essa existência?

Você vê, se olhamos de fora, nossa existência parece pervertida e absolutamente carente de significado e propósito. Conclui-se que existem pessoas sem escolha, cativas, que sofrem e fogem deste sofrimento o tempo todo, que encontram mais sofrimentos e mais uma vez fogem. E tudo isso é só para começar a imaginar outra existência, algo que realmente vale a pena, pelo qual vale a pena viver, e não lamentar o fato de que você está vivo.

Quando imaginamos neste estado, aos poucos começamos a sentir que, aparentemente, ele realmente existe; caso contrário, como nós poderíamos imaginá-lo? E esse estado aparentemente não existe apenas hipoteticamente, mas verdadeiramente. No entanto, ele quer que a gente realmente aspire a ele. Eu devo aspirar a este estado de forma que eu vou me sentir interna e emocionalmente dentro dele. Então eu começo a sentir algum tipo de ajuda, inspiração e iluminação. Eu começo a ver que há um propósito para tudo isso.




Exatamente assim, Adão descobriu este sistema 5773 anos atrás. A partir desse dia, nós corremos o nosso calendário Cabalístico, a partir daquele momento em que Adam HaRishon (primeiro homem) descobriu o Criador em nosso mundo. Depois disso começou a transferência de conhecimentos de geração em geração; mais pessoas começaram a ser incluídas nisso, que também sentiram uma falta de sentido em sua existência.

Mas esse mesmo problema sempre se manteve: como eu posso desenvolver um outro mundo, um mundo correto e verdadeiro dentro do meu pequeno e ameaçador mundo? As pessoas se deparavam com esse problema o tempo todo. É necessário criar uma imagem, jogar com este sistema, jogar no mundo real.

Nós sempre esquecemos isso, e isso vai continuar até criarmos um estado como esse, um elo como este, um sistema de relações como este que será praticamente idêntico ao mundo superior e que será obrigado somente a realizá-lo de forma clara, e isso vai ser feito através de um golpe da Luz Superior. Mas até que façamos tudo o que pudermos, a fim de estar em um estado como esse, nós não vamos alcançá-lo. No momento em que fazemos para criar este outro mundo dentro da nossa obscuridade, ele aparecerá imediatamente. A Luz vai torná-lo realidade e vamos descobrir a nós mesmos dentro dele.

Nós entendemos que não há escolha, exceto alcançar a unidade verdadeira e clara, e criar as condições, o contato, relações mútuas como estas, que serão praticamente iguais ao sistema superior, cheios de amor e doação, inclusão mútua, compreensão, apoio e responsabilidade. E a ligação deve ser de tal forma que a pessoa, como uma entidade separada, desaparece. Ela não existe e não pode existir.








Do Blog laitman.com.br  Publicado em  

terça-feira, 20 de agosto de 2013

CURSO DE CABALA AUTÊNTICA

Curso Gratuito De Cabalá Autêntica – Primavera 2013 (Inscrições Abertas) 




CURSO GRATUITO DE CABALÁ AUTÊNTICA

Uma experiência com consequências para toda a vida fornecida pela PRÓPRIA NATUREZA

Começa dia 11 de Setembro de 2013 - Quarta-Feira


AGORA É O MOMENTO MAIS IMPORTANTE DA SUA VIDA…SE VOCÊ PERMITIR

Neste curso, você vai descobrir uma compreensão mais profunda da natureza, do mundo, e quem você realmente é, vai receber ferramentas para desenvolver uma nova abordagem para a vida, e experimentar uma perspectiva única que o ajudará a dar sentido aos eventos no mundo de hoje. Ao contrário de uma série de equívocos sobre a Cabalá que você normalmente ouve, isso está aberto para qualquer pessoa independentemente de quaisquer diferenças que aparentemente existam entre as pessoas (raça, idade, sexo, cultura, etc.) e você está livre para avançar no seu próprio ritmo, sem pressões ou obrigações.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES



sexta-feira, 14 de junho de 2013

APRENDENDO COM A NATUREZA

Inicialmente precisamos aprender o desenvolvimento correto da natureza. Ela é perfeita e nós somos sua consequência. Nossos pensamentos e sentimentos também se originam do que ela nos deu. Então nós apenas temos que imitá-la, tomar o seu exemplo. Sabemos que muitas das tecnologias mais recentes são baseadas no conhecimento dos sistemas naturais e mecanismos na tentativa de reproduzi-los artificialmente. Nós devemos fazer a mesma coisa na sociedade, nas nossas relações sociais, econômicas, comerciais e outras relações. Se nós tivéssemos copiado a natureza em nós mesmos, poderíamos ter nos livrado de todos os problemas.


É de conhecimento comum que o Criador não completou a criação quando a criou. E nós podemos ver em cada canto da realidade, geral e particular, que ela cumpre as leis do desenvolvimento gradual, de ausência até a conclusão do crescimento. Por esta razão, quando o fruto tem sabor amargo no início do seu crescimento, isso não é considerado uma falha no fruto, já que todos nós sabemos a razão: o fruto ainda não concluiu seu desenvolvimento.

Assim é em todos os elementos da realidade: quando algum elemento parece ruim e prejudicial para nós, é apenas por causa de um autotestemunho desse elemento, que está ainda na fase de transição – no processo do seu desenvolvimento. Portanto, nós não podemos decidir o que é ruim e não é sábio para nós emitir uma falha nele.

Se nós estamos falando do mundo exterior ou do mundo dentro de nós não importa. A conclusão final pode ser simples: “Não toque a Natureza. Não mexa nela com as mãos “sujas” e sua mente estúpida que é capaz de ver apenas o que está a um milímetro do seu nariz. Melhor você cuidar de si mesmo. Você tem o globo. Assim, tente viver em paz com ele; senão, isso não será bom para você”. Com nossa mente corrupta, nossas mãos “sujas” — ou seja, egoístas — nós podemos interferir nos assuntos da Terra, na riqueza e nos recursos que são limitados. Eles nos são dados apenas para avançarmos de forma equilibrada de acordo com a natureza, e não negativamente contra este sistema abrangente universal.

Se nós percebemos nossa atitude negativa, a natureza imediatamente começa a defender-se automaticamente e nos deparamos com as consequências de nosso erro crescente em sua resposta. Isso causa grande sofrimento, crise e ameaça à nossa existência: o perigo de aniquilação.

Tudo isso porque não entendemos: a natureza é perfeita, e nós só precisamos aprender a aderir totalmente a este sistema de forma equilibrada. A questão reside na abordagem e exploração racional. O princípio é simples: o ser humano não está proibido de fazer algo que não perturbe o equilíbrio natural. Claro, nós podemos comer carne e peixe, cortar árvores, plantar vegetais e aproveitar a vida. No entanto, devemos sempre saber onde está o limite além do qual há ações direcionadas contra o equilíbrio, e quão bem nos encaixamos no sistema da natureza.

Como podemos verificar isso? Somente através do nosso egoísmo. Onde eu o utilizo, lá, o mal começa. Afinal, a natureza é um sistema analógico totalmente altruísta, baseado na doação mútua. Todas as suas partes, semelhante aos órgãos do nosso corpo, cuidam apenas do bem-estar do todo. Esta é a maneira que nós devemos ver a natureza a fim de verificar a mesmos. Nós agimos de forma semelhante? Nós procuramos a perfeição, ou não?

Isso é o que significa agir não artificialmente, mas naturalmente, para estar em constante amor e doação, que é a lei da natureza, em vez do egoísmo que busca sua própria vantagem. Assim, no nosso nível, nós podemos realizar a lei da natureza, “Ama a teu próximo como a ti mesmo”, a lei pela qual vivem todas as suas partes. Um predador, devorando a presa, nunca faz isso pelo prazer do sofrimento dos outros. Ele caça apenas para se alimentar e nada mais. Quanto mais profundamente nós compreendemos a natureza, mais nos tornamos convencidos disso.

Nesse sentido, nós precisamos entender o que e quanto devemos receber da natureza. Não há nenhum problema se podemos usá-la apenas para viver com ela em equilíbrio; em outras palavras, se todas as nossas ações são para o bem dos outros, para o bem da natureza inanimada, vegetal e animal.

Como isso é alcançado? Primeiro, nós precisamos corrigir a nossa própria natureza. Afinal, o que os níveis inferiores executam instintivamente, nós devemos perceber no que chama “acima da razão”, acima do egoísmo, e para isso estudamos o método de educação integral.

Vale lembrar que na natureza, o forte come o fraco, e ele não perturba a harmonia. No entanto, isso causa um efeito devastador entre as pessoas. É o egoísmo não corrigido atuando sobre nós. No entanto, esta lei deve ser efetuada de modo diferente entre as pessoas: o forte ajudando o fraco na correção. O lobo comendo as ovelhas traz correção, por exemplo, ajudando a população a se livrar dos animais fracos. Assim, nós devemos ajudar uns aos outros de acordo com o mesmo princípio de harmonia e equilíbrio, mas não comendo, e sim amando igualmente a todos no nível humano, comprometendo-nos pelo bem dos outros. Podemos medir nossa força ou fraqueza neste contexto por meio do serviço aos outros. Se eu sirvo a eles ou os utilizo.

O QUE VOCÊ NÃO PODE APRENDER COM A NATUREZA

Aprendemos com a natureza como construir sistemas integrais. Nós vemos de seu exemplo que não somos capazes de nos integrar na natureza, e somos incapazes de nos identificar com ela.

O problema é que ninguém sabe como estabelecer um equilíbrio com a natureza, como alcançar a semelhança, união com ela. A humanidade não pode encontrar a resposta a esta pergunta por suas próprias forças. Aqui, nós somos os portadores da Luz que Reforma. O mundo é integral, e representamos um sistema analógico semelhante ao nosso corpo, todas as suas partes interagem harmoniosamente entre si, enquanto que o homem é como um tumor canceroso, devorando tudo ao seu redor.

Cientistas modernos conduzem estudos notáveis sobre este tema. A doença está claramente marcada e é claro que ela progride ameaçando destruir toda a raça humana. E se morrermos como os mamutes? E se isso acontecer na minha geração ou na geração dos meus filhos? O que podemos fazer?
Torna-se evidente que não há nenhum remédio. Afinal de contas, isso também deve ser recebido da Natureza. No entanto, pesquisadores aprendem com ela apenas no negativo. Eles expressam nossa oposição a ela e não sabem como tornar-se integral.

Uma conclusão indiferente segue-se: “Que seja”. Todo mundo encontra seu nicho, seu argumento, sua justificativa. Os economistas dizem uma coisa, os sociólogos dizem outra, os políticos, um terceiro, e não há ainda qualquer solução. Eles vêem o negativo do nosso mundo (-), oposto à natureza perfeita (+), mas não conseguem descobrir como atingir um estado equilibrado, como chegar ao equilíbrio. Isso não pode ser aprendido com a natureza.

Por isso é que o mundo precisa do método de correção, a sabedoria da Cabalá. Ela ensina como desenvolver-se em três linhas quando a Luz é oposta ao nosso ego, e nós sabemos como formar a linha média entre elas, como equilibrá-las.

As pessoas sem o Ponto no Coração não podem saber isso por causa do ego humano que se manifesta nelas, enquanto em alguns, o maior ego resiste ao amor. Procuramos chegar ao amor e descobrimos o ódio, um que é desconhecido. É possível conviver com seu ódio, e por isso eles não têm vasos, as ferramentas para a solução. Eles são como crianças indefesas e nós só podemos resolver os problemas atuais.

Assim, é nosso dever revelar a diferença de potenciais à humanidade, toda a diferença entre o positivo e o negativo. Ela, propriamente dita, não vai esclarecer o problema até o fim porque ela não tem uma solução. Por que precisamos reabrir a ferida? Da mesma forma, os cônjuges evitam áreas de conflito para não brigar por nada. Nós podemos entender a doença e estabelecer seu diagnóstico final, porque temos uma cura para ela.


Lição Diária de Cabalá do Dr Michel Laitman - publicado em 09/06/13, Escritos do Baal HaSulam