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domingo, 29 de maio de 2011

Pais e Filhos: A Quem Falta Compreensão?






A educação é um tema especial. É interessante que as pessoas quase nunca pensaram sobre a educação ao longo da história humana. Uma criança cresce entre os adultos e aprende com eles. Os pais não precisam de aulas especiais para aprender a criar seus filhos. Como animais, nós praticamos o ensino regular e natural.


As creches e escolas surgiram durante o período da industrialização, quando as pessoas começaram a trabalhar em fábricas, e as mães também tiveram que começar a trabalhar. Até então, a maioria das crianças crescia naturalmente em casa.
Na realidade, nada é mais importante que a educação. Não é de estranhar que agora estejamos vivenciando uma crise nesta área. As pessoas nunca pensaram que precisassem seguir determinado sistema de educação e que a geração atual exigisse uma abordagem sensata. Tome-nos como exemplo: Quem nos ensina? Que critérios é eles seguem, qual método, qual programa? Em vez de receber educação nas escolas, nós recebemos conhecimento.
Em geral, as escolas surgiram quando surgiu a necessidade de trazer os camponeses para as cidades, de modo que eles precisavam aprender gramática e aritmética elementar, a fim de trabalhar com máquinas industriais simples. As pessoas precisavam ser ensinadas a ler e entender manuais. Este foi o início dos 200 anos da instituição da escola para as massas.
Nós encaramos a educação geral como a continuação da antiga sabedoria humana. No entanto, essencialmente, as pessoas só começaram a elevar-se acima do nível animal no século XIX e XX.
As pessoas nunca deram um pensamento sério à educação adequada. O que a pessoa deve ser quando crescer? Nós a transformamos em um ser humano? Estas questões são ignoradas até agora. Nós enviamos um filho à matemática, física, ou escolas de informática especializadas sem pensar no indivíduo que esta pessoa se tornará. Quem se preocupa com o indivíduo? O que importa é encontrar um bom trabalho em nossa vida “burguesa”.


Além disso, isso está acontecendo porque a humanidade não chegou a um consenso, uma opinião comum sobre o que significa “ser um Ser Humano”. Nós dizemos ao filho: “Seja bom para os outros, para que eles gostem de se relacionar com você”. Isso é o que a educação, na maior parte, vem fazendo.

O problema é que a sociedade não exige uma conexão entre as pessoas. E hoje, uma vez que chegamos a uma crise geral, a crise da educação em especial se destaca. Isso ocorre porque a geração mais jovem é uma alma nova, com novas exigências do novo mundo. Nós as chamamos de “crianças índigo”, as enchemos de Ritalina, e achamos que elas não nos entendem. Na realidade, somos nós que não as entendemos; nós ficamos para trás na vida. Nós não fomos ensinados a entender essas crianças.


Elas exigem o desenvolvimento de um novo nível. Da mesma forma, uma pessoa cujo ponto no coração desperta deixa de compreender as outras pessoas que vivem uma vida regular “corpórea”. E os nossos filhos também olham para nós e não entendem: “Pra que você está vivendo? Nós não queremos a sua vida, não estamos dispostos a viver como você e somos incapazes disso”.
Se nós quisermos encontrar uma conexão com elas, precisamos introduzir um novo tipo de educação. Apesar de ficarmos aquém desse papel, sendo a fase de transição antes da nova geração, ainda precisamos completar esta fase até o fim.





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