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sábado, 16 de janeiro de 2010

“O Amor Vai Redimir Todos os Pecados”


Quando lemos O Livro do Zohar devemos nos preocupar somente com uma coisa: nosso desejo de alcançar o próximo estado, que é de unidade e integração. Durante toda a criação a unidade parece ter se dividido em partes separadas. A criação parece enorme e não temos ideia onde buscar por ela dentro de nós, como O Zohar nos diz.

No entanto, devemos desejar ver tudo isso dentro de um sistema geral onde tudo está conectado, onde todos os desejos, pensamentos, qualidades, e ações trabalham em harmonia em uma alma comum. Além disso, tudo isso está dentro de mim; a função dessa alma corrigida é o ato de doação que eu revelo dentro de mim mesmo.


Uma pergunta aparece: O que significa doação? É quando o coração dá para o cérebro, o cérebro dá para o fígado, e o fígado dá para os pulmões? Podemos realmente chamar isso de doação? Afinal, como é possível a doação dentro de um corpo? Se os órgãos não dão uns aos outros, eles simplesmente morrem. Então, como podemos chamar de “doação” essas qualidades se as vemos como uma parte da alma geral? Tão logo você começa a vê-las como uma única unidade e senti-las como “seus próprios órgãos”, isso para de ser considerado doação porque você não pode realmente dar a você mesmo.
A resposta a esse dilema é que todos os “pecadores” e todos os “pecados” que revelamos como resultado desse processo permanecem intactos. A “inclinação ao mal” sempre permanece, mesmo quando construímos conexões com outras almas acima dela. Assim, mesmo que o sistema de almas seja revelado em mim, ao mesmo tempo todo meu ódio prévio continua a estar presente. No entanto, acima dele eu revelo o amor e a conexão entre todos nós.
Por isso não existe contradição entre o entendimento de que tudo que existe é um sistema geral, e ao mesmo tempo, que todas as partes do sistema atuam em mútua doação.