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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Você vai usar a Kabbalah como uma poção de morte ou como elixir de vida?

Nov 12

Publicado em 12 de Novembro de 2009, às 15h 13min, do blog do dr. Michael Laitman

Recebi uma pergunta: O senhor disse que os livros de Kabbalah são como os livros médicos. Qualquer dicionário médico ou bula de remédio irão listar os casos em que é proibido ou mesmo perigoso tomar o remédio. Existem contra indicações similares nos livros de Kabbalah?

Minha resposta: Definitivamente! A Introdução ao Talmud Eser Sefirot diz que a Torah (bem como a Kabbalah) pode ser um “elixir de vida” ou uma “poção de morte”. É um fato conhecido que todos os remédios são veneno, mas nem todos os venenos são remédios. Todos os remédios foram criados tendo como base o veneno; de outra forma eles não teriam um efeito de cura.

Nós podemos ser curados ou corrigidos somente com a ajuda de um veneno, transformando o veneno em remédio, ou tomando porções especiais de veneno para agir contra o mal que está dentro de nós. Esse princípio vem do fundamento da natureza, seguindo uma regra: “O anjo da morte se torna o anjo da vida”. O mesmo princípio se aplica na medicina.

Por isso uma cobra enrolada num vaso com remédio é o símbolo para a cura usado em medicina. Isso não vem da imaginação de alguém, mas do fundamento de toda a natureza.

A Kabbalah diz a mesma coisa: você deve usar os livros como um manual de instrução, um remédio que irá trabalhar contra seu egoísmo, porque a Luz contida neles irá corrigir você e levá-lo de volta à Fonte. Se, entretanto, você não aceitar o livro como um meio de reagir contra seu ego, para corrigir você mesmo, então os estudos irão explodir o seu orgulho, autoconfiança, e sua exigência por uma recompensa nesse mundo e no mundo vindouro. Assim, seu estudo se tornará uma “poção de morte”. Você se tornará até mesmo um maior egoísta e exigirá o pagamento do Criador.

Baal HaSulam escreve nos itens 69-71 da Introdução ao Livro do Zohar “que a fonte de todos os problemas no mundo repousa em nada mais do que no incorreto uso da Torah e da Kabbalah pelas pessoas.