Nov 12
Publicado em 12 de Novembro de 2009, às 15h 13min, do blog do dr. Michael Laitman
Recebi uma pergunta: O senhor disse que os livros de Kabbalah são como os livros médicos. Qualquer dicionário médico ou bula de remédio irão listar os casos em que é proibido ou mesmo perigoso tomar o remédio. Existem contra indicações similares nos livros de Kabbalah?
Minha resposta: Definitivamente! A Introdução ao Talmud Eser Sefirot diz que a Torah (bem como a Kabbalah) pode ser um “elixir de vida” ou uma “poção de morte”. É um fato conhecido que todos os remédios são veneno, mas nem todos os venenos são remédios. Todos os remédios foram criados tendo como base o veneno; de outra forma eles não teriam um efeito de cura.
Nós podemos ser curados ou corrigidos somente com a ajuda de um veneno, transformando o veneno em remédio, ou tomando porções especiais de veneno para agir contra o mal que está dentro de nós. Esse princípio vem do fundamento da natureza, seguindo uma regra: “O anjo da morte se torna o anjo da vida”. O mesmo princípio se aplica na medicina.
Por isso uma cobra enrolada num vaso com remédio é o símbolo para a cura usado em medicina. Isso não vem da imaginação de alguém, mas do fundamento de toda a natureza.
A Kabbalah diz a mesma coisa: você deve usar os livros como um manual de instrução, um remédio que irá trabalhar contra seu egoísmo, porque a Luz contida neles irá corrigir você e levá-lo de volta à Fonte. Se, entretanto, você não aceitar o livro como um meio de reagir contra seu ego, para corrigir você mesmo, então os estudos irão explodir o seu orgulho, autoconfiança, e sua exigência por uma recompensa nesse mundo e no mundo vindouro. Assim, seu estudo se tornará uma “poção de morte”. Você se tornará até mesmo um maior egoísta e exigirá o pagamento do Criador.
Baal HaSulam escreve nos itens 69-71 da Introdução ao Livro do Zohar “que a fonte de todos os problemas no mundo repousa em nada mais do que no incorreto uso da Torah e da Kabbalah pelas pessoas.